Investimento

Unidade de recobro de Gastrenterologia do CHLN vai aumentar atividade em 30%

A Unidade de Recobro da Unidade de Gastrenterologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) vai aumentar a atividade em 30% e o CHLN está a executar um programa de recuperação da lista de espera para colonoscopias.

Os dados foram transmitidos ao secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, que visitou as instalações da Unidade de Cuidados Intensivos de Gastrenterologia e Hepatologia do CHLN.

Durante a visita, o presidente do Conselho de Administração, Carlos das Neves Martins, informou que está em tramitação um investimento para ampliação do Recobro da Unidade Técnica de Gastrenterologia, que permitirá que a atividade cresça 30%.

Foi também transmitido ao Secretário de Estado adjunto e da Saúde que o CHLN está a executar, todos os sábados, um programa de recuperação da lista de espera para colonoscopias e de seguimento nos casos orientados pelo rastreio do cancro colorretal da responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

No encontro, o secretário de Estado adjunto e os administradores do CHLN analisaram também a revisão final do protocolo de cooperação que irá ser assinado entre o CHLN e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) na área das infeções por VIH/SIDA, Hepatite B e Hepatite C, o qual "merecerá de forma inovadora a resposta da instituição" ao desafio lançado na nova fase de cooperação entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça.

Segundo o Governo, no caso do VIH, pretende-se eliminar e controlar a infeção no país até 2030 e, em relação à hepatite C, eliminar a infeção em Portugal antes de 2030, sendo para o efeito necessário privilegiar a ação e alargar a dois grupos-alvo mais vulneráveis, que são os reclusos (13 mil) e as pessoas com comportamentos aditivos e toxicodependência.

De acordo com o CHLN, foi comunicado ao Secretário de Estado que a resposta a tais casos passará pela realização direta de consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) nos estabelecimentos prisionais, sendo remetidos para oito semanas de tratamento, com uma taxa de sucesso da ordem dos 99%.

"Ficou estabelecido que o universo dos cerca de 60/70 potenciais doentes com hepatite C, do Estabelecimento Prisional de Lisboa, seriam avaliados e tratados até final deste ano, a forma a ter um "exemplo relevante, a nível nacional, de um estabelecimento prisional livre de hepatite C", adianta uma nota informativa do CHLN.

No âmbito do VIH/SIDA, o diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do CHLN, Luís Caldeira, reforçou que esta é uma oportunidade para alcançar a população reclusa, apostando no reforço da adesão à terapêutica e uma oportunidade par testar novas formas de continuidade dos tratamentos nos doentes que estão mais estáveis.

Quanto à problemática das pessoas com comportamentos aditivos, Rodrigo Coutinho, diretor clínico da Ares Pinha (Associação de Recuperação de Toxicodependentes), referiu que, com uma média de 1.200 utilizadores por dia, do programa as Unidades Móveis na região de Lisboa, 70% dos utilizadores têm marcadores serológicos de hepatite C, pelo que urge avançar com medidos de apoio para resolver este problema.

Na ocasião, Fernando Araújo lançou um repto ao HCLN no sentido de desenvolver um projeto piloto, a ser implementado até final de setembro, para cerca de 100 utentes indicados por aquela associação.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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