CIP reclama

Sistema de saúde de qualidade em que os portugueses confiem

A Confederação Empresarial de Portugal defendeu que é necessário criar condições para que o país tenha um sistema de saúde de qualidade, em que os portugueses tenham confiança.

A posição da confederação sobre o sector foi transmitida durante a apresentação do Conselho Estratégico da Saúde, órgão consultivo da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que reúne as principais federações e associações do sector.

"Depois da troika e do estado de exceção que se viveu, é tempo de Portugal olhar para o futuro. No caso da saúde, é tempo de criar as condições para que o país tenha um sistema de saúde de qualidade, eficiente, em que os portugueses tenham confiança e que seja um factor de competitividade", refere em comunicado.

A saúde, segundo a CIP, deve estar no centro das preocupações e deve ser destacada como um sector estratégico para a economia de Portugal.

“É tempo de assumir que o sector da saúde tem um enorme potencial de arrasto sobre a restante economia. É um sector de ponta em termos de investigação, tem uma ligação profunda às universidades e encara com naturalidade a translação do conhecimento", advoga a CIP, num documento assinado pelo seu Conselho Estratégico da Saúde.

As actividades económicas da saúde, adianta a confederação, empregam mais de 250 mil pessoas em Portugal e contribuem com exportações anuais superior a 1.000 milhões de euros, cerca de 20 mil empresas e um valor acrescentado superior a oito mil milhões de euros, com mais de seis mil pessoas afetas à investigação e desenvolvimento de inovação.

“Olhar para a saúde na óptica da despesa é não só redutor, como significa desperdiçar uma importante alavanca da economia”, afirma a confederação empresarial.

O investimento na saúde, assegura a CIP, permitirá ganhos para os cidadãos e maior previsibilidade dos sistemas, defendendo que há condições para alinhar autoridades, centros de investigação, indústrias na área da saúde e contribuir com um impulso positivo na economia.

O Conselho Estratégico da Saúde da CIP defende ainda uma discussão a médio prazo, nomeadamente em termos orçamentais, que permita a toda a sociedade e agentes económicos terem a percepção de quais as prioridades em termos de saúde, e quais os mecanismos de financiamento que lhes estão associados.

Em comunicado, a CIP refere que as associações que integram este órgão consultivo representam mais de 5.000 empresas, a operar em Portugal, que empregam cerca de 100 mil pessoas e geram um volume de negócios anual superior a 12 mil milhões de euros.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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