Organização

Simpósio no Porto mostrou avanços impercetíveis na área do cérebro

O que está a acontecer hoje no mundo "é muito mais do que o público em geral se apercebe", foi a principal conclusão do 12.º Simpósio "Aquém e além do cérebro", afirmou Rui Costa, da comissão organizadora.

"Há muita coisa que nós, público em geral, pensamos serem ficção científica e que não o são, estão aqui", disse o responsável, para quem a "primeira grande mensagem do simpósio foi que o que está a acontecer hoje no mundo é muito mais do que o público em geral se apercebe".

O membro do conselho científico da Fundação Bial, entidade organizadora do evento que decorreu no Porto, vincou ainda que a "capacidade de as pessoas controlarem coisas à distância, de aprenderem muito mais rápido, de melhorarem a capacidade de decisão, a capacidade cognitiva, coisas que se veem nos filmes, tudo isso está a acontecer hoje".

No último dia do debate promovido a cada dois anos pela Fundação Bial e que decorreu na Casa do Médico, Rui Costa fez o balanço de um encontro que em 2018 se debruçou sobre o "potenciar a mente".

De um simpósio que foi dos "mais abrangentes" em termos de temas debatidos, elencou o das "pessoas que trabalham em mecanismos de farmacologia", as "substâncias que podem ajudar os suplementos alimentares", os "fármacos auxiliares da memória e capacidade de decisão", o uso da "inteligência coletiva e artificial para potenciar a mente e até mesmo os interfaces cérebro-máquina".

"E falamos de tudo isto, juntando-lhe, também, as pessoas que trabalham nas implicações éticas de toda esta melhoria", salientou o também professor de Neurociências e Neurologia da Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

E continuou: "o mais interessante e ao mesmo tempo assustador é o que está a acontecer com os nossos cérebros, mas também na sua interação com a inteligência artificial, algo que há um ano não se imaginava possível".

Destacando ter sido este "o primeiro simpósio a nível mundial que reuniu todos estes aspetos, mais a questão ética", o professor catedrático louvou o papel da fundação neste trabalho.

"É de louvar que haja em Portugal uma fundação privada tão atenta ao que se passa no mundo e que se tenha quase reinventado a cada dois anos para trazer não o que está a acontecer, mas antecipando o que vai ser a grande revolução no que se relaciona com o cérebro", concluiu Rui Costa.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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