Ordem dos Médicos Veterinários

Reivindicada mais fiscalização a raças de cães potencialmente perigosas

A propósito dos recentes casos de ataques de cães potencialmente perigosos, a Ordem dos Médicos Veterinários vem alertar para a necessidade de maior civismo e consciencialização por parte dos detentores destes animais de modo a evitar que os mesmos circulem na via pública sem trela e açaime, pondo assim em risco pessoas e outros animais. Deverá haver ainda uma fiscalização mais apertada nos locais públicos, nomeadamente nas zonas de lazer.

De acordo com Jorge Cid, Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, “Há de facto raças com um maior potencial de agressividade e perigosidade, contudo tudo depende da educação que o animal recebe do dono, treinador ou criador. A fiscalização deve ser assim mais apertada e não se cingir apenas às denominadas raças perigosas, pois aqui também encontramos cães sociáveis e afetuosos”.

A Ordem dos Médicos Veterinários defende por um lado, que essa fiscalização deverá começar pelos criadores destas raças averiguando se a seleção genética que estão a fazer é correta. Seguidamente o acompanhamento das respetivas ninhadas e o modo como os seus novos detentores estão a cumprir as normas que já estão estipuladas na Lei. Refere ainda que estes animais devem ser socializados e treinados desde muito cedo para que se possam tornar cães sociáveis e afetuosos. Deve ainda haver um seguimento regular quer do cão quer do seu tutor para se poder comprovar a sua correta evolução comportamental.

As raças potencialmente perigosas apresentam condições específicas para a sua posse e circulação, estando previstas por lei, coimas para quem não as cumprir. São considerados cães de raça potencialmente perigosa, aqueles que, possam causar lesões ou a morte de pessoas ou animais, devido ao seu comportamento mais agressivo ou tamanho e potência da mandíbula. Para se poder ter um cão de uma das raças potencialmente perigosas, o seu responsável deverá ser maior de 16 anos, terá de ter uma licença aprovada anualmente, pela junta de freguesia da sua área de residência, a vacina antirrábica, assim como o microchip e seguro de responsabilidade civil.

Fonte: 
GCI
Nota: 
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Foto: 
Pixabay