Relatório de Coordenação da Reforma Hospitalar

Reforma hospitalar empurra fecho de serviços para próximo Governo

Com um horizonte temporal 2014-2016, a reforma hospitalar, que já começou a ser levada a cabo em Portugal, vai cair nas mãos do próximo Executivo, que ficará responsável pelo fecho de alguns serviços.

Começou há vários anos, mas não vai terminar com o actual Governo. A reforma hospitalar deu o primeiro passo com a publicação de uma portaria (82/2014), no primeiro semestre de 2014, e visa a criação e revisão das chamadas “redes de especialidades hospitalares e de referenciação”, de acordo com o Público citado pelo Notícias ao Minuto.

Porém, o 1.º Relatório de Coordenação da Reforma Hospitalar, a que o Público teve acesso, permite concluir que os planos estratégicos que vão definir a futura “arquitectura da rede hospitalar” têm o “horizonte 2014-2016”.

Neste âmbito, foram já concentrados quatro serviços de urgência hospitalares (Valongo, Curry Cabral, Covões e Montalegre) e encerradas quatro unidades (hospitais de São Lázaro, em Lisboa, de Maria Pia, no Porto, o Centro Psiquiátrico de Arnes e o do Lorvão, na zona Centro).

Expressa em “oito iniciativas estratégicas” corporizadas em “70 medidas”, a reforma hospitalar – uma das medidas mais importantes medidas a tomar na área da saúde, em conformidade com o memorando da troika – levou, ainda, à abertura de sete unidades (Unidade Local de Saúde da Guarda, hospitais de Lamego, de Loures, de Vila Franca de Xira e de Amarante, o Centro de Reabilitação do Norte e o Centro Materno-Infantil do Norte).

Nas mãos do próximo Governo vai ficar a medida mais polémica que implica o fecho de vários serviços e valências hospitalares, como esclareceu, em declarações ao Público, o responsável pelo grupo que coordena a reforma hospitalar, Jorge Penedo.

Este é “um processo de extrema complexidade”, porque se visa uma “verdadeira transformação ao nível da estrutura. (…) São medidas que queremos que sejam tecnicamente correctas, devem passar pelos governos. Nós próprios fomos buscar medidas que vinham de trás”, explicou Jorge Penedo.

 

Fonte: 
Notícias ao Minuto
Nota: 
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