Projeto português cria equipamento biomecânico para reabilitação física

A ExoBike é uma estrutura semelhante a uma bicicleta fixa que possui um conjunto de sensores e atuadores e que reage dinamicamente à atividade do seu utilizador. A ExoBike permite aos profissionais médicos aplicar terapias em que o esforço solicitado seja adaptado ao paciente. Os movimentos e forças executadas pelos pacientes são monitorizados com sensores sem fios e com uma solução de realidade virtual que permite colocar os utilizadores perante situações correlacionadas com a realidade. O sistema possui ainda a capacidade de recolher, armazenar e tratar dados, que podem posteriormente ser analisados por profissionais qualificados.
O sistema proposto permite realizar o controlo de movimentos, com destaque para a postura corporal e posicionamento dos membros inferiores, assim como monitorizar as forças aplicadas durante a pedalada, tanto nos pedais como no guiador e no assento da bicicleta. Os dados são recolhidos a partir de sensores inerciais e células de carga que convergem numa unidade de processamento através de uma rede de sensores sem fios. A intensidade dos movimentos pode ser ajustada pelo pessoal médico, colocando o sistema a interagir com os pacientes. O sistema proposto recorre ainda a realidade virtual para garantir aos pacientes estímulos correlacionados com a realidade, numa linha de biofeedback, e inclui uma interface de computador, desenvolvida para registo e análise dos dados recolhidos.
“Na área da saúde, o desenvolvimento deste tipo de sistemas biomecânicos tem sido alvo de investigação aplicada para implementação em situações de apoio à reabilitação físico-motora e monitorização da locomoção. A reabilitação físico-motora de pessoas que tenham sofrido um acidente vascular cerebral ou sofram de alguma incapacidade permanente requer frequentemente o recurso a soluções com estruturas físicas que permitam orientar ou sustentar movimentos e forças. Neste caso é necessário proceder a um rigoroso controlo dos movimentos efetuados e forças aplicadas pelos pacientes. Este tipo de solução é mais eficaz se interagir com o utilizador, criando um ambiente que motive a sua utilização. O projeto EXOBIKE pretende contribuir para este tipo de objetivos, nomeadamente em procedimentos de reabilitação físico-motora, treino e diagnóstico precoce de pacientes com doenças neuro degenerativas ou em contexto ocupacional”, esclarece Luis Roseiro, coordenador do projeto.
IPC2SOCIETY dá a conhecer os mais inovadores projetos de investigação
Com o apoio do INOV C 2020 a primeira edição do IPC2SOCIETY realiza-se no próximo dia 11 de abril, nas instalações do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC), esta é uma iniciativa que dará a conhecer 50 dos mais inovadores projetos desenvolvidos no Instituto de Investigação Aplicada (i2a) do IPC.
Dirigida a todos os sectores da economia, o IPC2SOCIETY reúne projetos desenvolvidos nas mais variadas áreas do conhecimento que vão desde as Ciências Agrárias, o Ambiente, as Ciências da Educação, Artes e Design, a Informática, Tecnologias e Engenharias e a Saúde, entre outras. O IPC2SOCIETY ocorre no âmbito de dois projetos em curso no IPC: o Lab2Factory e o INOV C 2020, ambos financiados pelo FEDER, através do Programa Operacional CENTRO 2020.
«O IPC2SOCIETY foi criado com o objetivo de contribuir para uma maior visibilidade dos projetos dos nossos investigadores, e fomentar a criação de parcerias sólidas com os diferentes agentes regionais, nomeadamente PME, tendo em vista a obtenção de soluções inovadoras e o desenvolvimento sustentável. Com uma clara aposta na prestação de serviços à comunidade e no desenvolvimento de projetos em copromoção empresarial, o IPC, através do i2a, dos diversos laboratórios associados e do Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS), tem procurado promover, estimular e apoiar os vários projetos de investigação, ao mesmo tempo que incentiva a transferência de conhecimento e tecnologia para o tecido empresarial e comunidade», esclarece Carlos Dias Pereira, Diretor do i2a.
Como explica Cândida Malça, Vice-presidente do IPC, «sendo uma estrutura transversal a todo o IPC, o i2a assegura o enquadramento institucional às atividades de IDT&I de cerca de 620 investigadores, 250 dos quais doutorados, que desenvolvem trabalho nas mais variadas áreas do saber técnico-científico nas diferentes unidades orgânicas de ensino que integram o IPC».
INOV C 2020 apoia projetos inovadores do Instituto Politécnico de Coimbra
Do consórcio INOV C 2020, liderado pela Universidade de Coimbra, fazem parte dez parceiros nucleares: o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Pedro Nunes, o ITeCons, o SerQ, a ABAP, a Obitec e o TagusValley.
O INOV C 2020 é um projeto cofinanciado pelo Centro 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), com um prazo de execução compreendido entre 18 de abril de 2017 e 17 de outubro de 2019. Os parceiros executarão um investimento total de 1.627.614€, sendo o montante de 1.383.472€ financiado pelo FEDER.
O objetivo do projeto INOV C 2020 é consolidar a Região Centro enquanto referência nacional na criação de produtos e serviços resultantes de atividades de Investigação & Desenvolvimento. A consolidação do Ecossistema de Inovação, através da incorporação de uma oferta ampla de recursos, infraestruturas e respostas a desafios específicos, faz também parte da sua missão. O INOV C 2020 segue-se ao Programa Estratégico INOV C, executado entre 2010 e 2015.