Presente e Futuro da Saúde Respiratória serão debatidos no IX Congresso da Fundação Portuguesa do Pulmão
Nesta reunião magna serão discutidas as doenças respiratórias que têm atualmente um maior impacto social, nomeadamente o cancro do pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que integram a lista das doenças com maior mortalidade em Portugal, e ainda o impacto da genética e do ambiente na saúde respiratória.
Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, estará presente na conferência de encerramento deste evento, na qual irá abordar o futuro da saúde em Portugal, sob o tema “Saúde 2030”.
Neste congresso onde serão apresentados e discutidos dados sobre o presente da saúde respiratória e ideias para construir um melhor futuro para a saúde em Portugal, a Fundação Portuguesa do Pulmão reforça a importância do diagnóstico precoce da DPOC, propondo a realização de espirometrias a todos os fumadores antes dos 40 anos de idade e debatendo a possibilidade de modificar a epidemiologia desta doença.
O congresso incluirá um painel sobre o cancro do pulmão, onde será feito um balanço da evolução do diagnóstico e tratamento desta doença oncológica, mas também apresentada a visão do futuro que os profissionais de saúde têm para esta patologia. Jorge Cruz, presidente do evento e moderador do painel, destaca: “o cancro do pulmão, se diagnosticado numa fase inicial, já não é uma sentença de morte, porque quando os doentes são operados numa fase precoce da doença os resultados são bons. Atualmente é possível tornar o cancro do pulmão numa doença crónica, tratada de forma individualizada de acordo com a genética de cada cancro, graças à imunoterapia e às terapêuticas-alvo”.
A deficiência de alfa 1 antitripsina (doença genética rara) também será debatida neste congresso, bem como o ambiente enquanto causa importante de doenças respiratórias, dando-se destaque à relação causa-efeito entre o amianto e o mesotelioma, o mais grave tumor maligno da pleura, e reforçando-se a necessidade de remover o amianto dos vários edifícios públicos e privados que ainda contêm este material perigoso na sua estrutura.
José Alves, presidente da FPP, sublinha que “este congresso é mais um esforço da FPP de, através da reunião de um painel de especialistas de qualidade na saúde respiratória, continuar a missão de informar, alertar, proteger e contribuir para a saúde respiratória dos portugueses”.
O Congresso é aberto a todos os profissionais de saúde, doentes, estudantes, associações e à sociedade civil.