“Health at a Glace 2016”

Portugueses de baixos rendimentos com falhas na saúde triplicaram entre 2008 e 2014

A quantidade de pessoas de baixos rendimentos que relatou necessidades de saúde não satisfeitas por motivos financeiros triplicou em Portugal entre 2008 e 2014, segundo um relatório hoje divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

O relatório “Health at a Glace 2016” refere que as barreiras ao acesso aos cuidados de saúde podem estar relacionadas com a falta de serviços abertos ou com problemas financeiros, sendo uma fonte de procura inapropriada de cuidados de urgência.

Segundo o documento, cerca de 3,6% da população dos países da União Europeia referiu ter ficado com necessidades de saúde não satisfeitas devido a custos, distância dos serviços ou tempos de espera.

Em Portugal, segundo o relatório, triplicou entre 2008 e 2014 a proporção de pessoas de baixos rendimentos que viu necessidades de saúde não satisfeitas devido a motivos financeiros.

“O aumento dos cuidados de saúde não satisfeitos, sobretudo entre a população de menor rendimento, levanta preocupações pois pode traduzir-se num pior estado de saúde e num aumento das desigualdades sociais”, refere o documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Ainda assim, a média da população portuguesa que em 2014 referia cuidados de saúde não satisfeitos estava abaixo dos 10%, superados por países como a Grécia, Estónia ou Letónia, que exibem os valores mais elevados.

Na margem oposta situam-se países como o Luxemburgo, Holanda, Espanha ou Áustria em que menos de 1% da população relata necessidades não satisfeitas.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock