Testado no Brasil

Mosquito geneticamente modificado à solta para conter dengue

Uma nova arma contra o mosquito da dengue está a ser testada no Brasil: trata-se de uma modificação genética em mosquitos Aedes aegypti, que impede o crescimento de novos insetos transmissores da dengue.

Mais de seis milhões de mosquitos modificados foram libertados esta semana em Piracicaba (São Paulo), e testes efetuados noutras cidades comprovam que a população do mosquito diminuirá dentro de alguns meses, diz o Diário Digital.

O controlo funciona da seguinte forma: o mosquito geneticamente modificado - popularmente conhecido como ‘Aedes aegypti amigável’ - é sempre macho. Quando uma fêmea da espécie, a responsável pela transmissão de doenças, cruza com um dos mosquitos mutantes, os genes do macho impedem que as larvas geradas pelo cruzamento se desenvolvam até à fase adulta, impedindo o crescimento da população mosquito, resultando em menos pessoas picadas e em menos doentes.

A modificação genética também “pinta” as larvas do mosquito: a versão mutante da larva do inseto fica vermelha quando exposta a luzes ultravioleta, tornando fácil saber se a modificação está a dar resultados.

O inseto modificado foi criado pela Oxitec, uma empresa britânica de controlo de insetos e doenças, e são produzidos em massa numa fábrica em Campinas (São Paulo). A empresa tem autorização para libertar os mosquitos mutantes em qualquer lugar do Brasil, e procura autorização para colocá-los à solta na Florida, nos EUA, como uma medida de prevenção da doença.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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