Em 2016

Molécula que rejuvenesce ratos será usada em humanos

A molécula "ORY-2001", cujos resultados têm demonstrado capacidade de impedimento do declínio cognitivo e perda de memória em ratos com envelhecimento acelerado, deverá ser usada em ensaios clínicos em humanos em 2016, anunciou a biofarmacêutica catalã Oryzon Genomics.

O anúncio sobre a eficácia pré-clínica desta molécula, segundo o Sapo, será feito por Tamara Maes, diretora científica da Oryzon Genomics, no decurso da 8ª reunião anual de ensaios clínicos sobre a doença de Alzheimer (CTAD, sigla em inglês), que vai decorrer em Barcelona.

A molécula "Ory-2001”, um medicamento para o tratamento da disfunção cognitiva em outras doenças neuro-degenerativas, como Parkinson e Alzheimer ou demências, foi desenvolvida pela própria biofarmacêutica catalã, fundada em Barcelona em 2000 e que se dedica ao desenvolvimento de terapias epigenéticas em oncologia e doenças neuro-degenerativas.

A empresa Oryzon Genomics anunciou que estima que esta molécula, que impede o declínio cognitivo e perda de memória em ratos com envelhecimento acelerado, possa entrar na fase clínica no início de 2016.

Molécula com potencial para tratar disfunções cognitivas
De acordo com a responsável pela empresa da Catalunha, a droga tem um “um excelente perfil farmacológico e tem sido administrado a animais por via oral por longos períodos sem problemas de segurança”.

Citada pela Agência EFE, Tamara Maes manifestou a sua satisfação pelo facto de "os dados obtidos em estudos pré-clínicos validarem o enorme potencial desta molécula para tratar a disfunção cognitiva resultante de doenças neuro-degenerativas".

Mais de 800 investigadores internacionais vão assistir à conferência, a qual equipas de cientistas de todo o mundo com estudos clínicos vão apresentar resultados de pesquisas de identificação de novos biomarcadores e ferramentas mais sensíveis para identificar pessoas em risco de desenvolver a doença e avaliar a eficácia de novos tratamentos.

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo e não existe até agora nenhum tratamento eficaz comprovado cientificamente em humanos.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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