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Médicos do Norte querem Agência Europeia do Medicamento no Porto

A Ordem dos Médicos do Norte defendeu hoje que o Porto reúne todas as condições para acolher a Agência Europeia do Medicamento, manifestando “alguma dificuldade” em compreender a defesa da candidatura de Lisboa para sede daquela estrutura.

“Neste momento, o Norte reúne todas as condições que Lisboa tem, acrescidas do facto de as principais faculdades de medicina estarem no Norte, bem como a principal faculdade de farmácia, as principais indústrias farmacêuticas portuguesas e os principais centros de investigação clínica”, disse à agência Lusa o presidente do Conselho Regional Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo.

O responsável frisou que trazer a sede daquele organismo para Portugal é o principal desígnio, mas que o Porto tem infraestruturas, neste momento, que “chegam e sobram” para acolher a Agência Europeia.

“Não vemos nenhuma justificação para que se esteja a defender, mais uma vez, a centralidade de Lisboa, até porque Lisboa já é sede de duas agências europeias”, afirmou.

Segundo o mesmo responsável, “não se justifica” defender Lisboa apenas pelas condições hoteleiras ou de espaço, porque o Porto “preenche todos esses requisitos”.

Portugal é considerado um dos cinco candidatos mais fortes para receber a Agência Europeia do Medicamento e a candidatura está a ser tratada como um objetivo nacional, segundo o ministro da Saúde.

Adalberto Campos Fernandes enfatizou, em entrevista à Lusa, que Portugal tem de ter “uma candidatura ganhadora”, esperando que os portugueses se “unam em torno de um objetivo nacional”.

“É um objetivo importante porque se trata de uma Agência relevante (…). Atrairá para Portugal uma grande atenção, numa área que mobiliza muitos recursos no mundo. O setor farmacêutico, com medicamentos e dispositivos, é provavelmente, a par da indústria petrolífera e do armamento, do mais pujante em termos internacionais. Do ponto de vista económico, atrairíamos centenas, milhares de eventos, de reuniões, de interações”, afirmou o ministro.

Campos Fernandes frisou que a candidatura é “de Portugal”, tendo a escolha de Lisboa surgido por “requisitos específicos” que fazem a candidatura mais forte.

Uma das razões teve a ver com o facto de a agência portuguesa do medicamento – o Infarmed – estar sediado na capital.

Há cerca de mais duas dezenas de interessados em receber a Agência Europeia do Medicamento, que vai abandonar o Reino Unido na sequência do “Brexit”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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