Mais de 57 mil euros angariados no espetáculo solidário da Maratona da Saúde e da RTP

O Espetáculo Solidário da Maratona da Saúde voltou a ser um grande sucesso nos ecrãs da RTP no passado dia 30 de Abril, numa emissão de 5 horas, entre as 15H00 e as 20H00. Uma maratona televisiva que uniu a música à angariação de fundos para a investigação científica sobre doenças neurodegenerativas, o tema desta terceira edição da Maratona da Saúde. Katia Guerreiro foi a embaixadora deste ano, e este espetáculo solidário foi apresentado por Catarina Furtado e José Carlos Malato.
Para Katia Guerreiro: “Ser a embaixadora da Maratona da Saúde é para mim um enorme orgulho. É uma situação muito triste receber um diagnóstico que não dá esperança às famílias, o que acontece muitas vezes no caso das doenças neurodegenerativas. A investigação científica é urgente e fundamental para que possamos alimentar a esperança a milhares de pessoas que sofrem destas doenças e a todos os que acompanham o seu processo, sem esperança. E é esta a principal missão da Maratona da Saúde”
Esta iniciativa permite, através do entretenimento, sensibilizar os portugueses para as doenças neurodegenerativas, com testemunhos e histórias de vida que falam na primeira pessoa como é lidar com estas doenças, tais como Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença dos Pezinhos, entre outras.
Uma emissão que contou com muitos convidados: Deolinda Kinzimba, St. Dominic’s Gospel Choir, Nelson Antunes, Sete Saias, Ana Sofia Varela, Diogo Lopes, Master Jake, LTCTFG, Luísa Rocha e muitos outros.
Ao longo da emissão, os telespectadores puderam contribuir para esta causa através de chamadas para o número de valor acrescentado 760 20 60 90 (0,60 euros + IVA) e do 21 324 62 70 que deu acesso a um call-center gentilmente organizado pela PT. Aqui participaram muitos voluntários da PT, cientistas e caras conhecidas da RTP.
Na primeira edição, dedicada ao tema do Cancro, a maratona televisiva foi emitida durante nove horas em direto, na RTP1 e RTP Internacional, e permitiu angariar mais de 160 mil Euros para a causa da Maratona da Saúde, através de cerca de 230 mil chamadas telefónicas e o envolvimento de mais de 150 voluntários e na segunda edição, dedicada a Diabetes, permitiu angariar mais de 91 mil Euros.
Para António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde, “Ao todo, depois de dois anos de edições da Maratona da Saúde, já foi possível angariar cerca de 250 Mil euros que já financiou a informação e a sensibilização do cancro e da diabetes e 7 cientistas que desenvolvem a sua investigação no Cancro e na Diabetes. Este ano, o dinheiro angariado será dedicado ao tema das, doenças neurodegenerativas, que afectam tantas pessoas no nosso país e no mundo. A Maratona da Saúde quer acelerar a investigação científica possibilitando assim uma melhor prevenção, um melhor diagnóstico e melhores tratamentos”
O que são doenças neurodegenerativas?
As doenças neurodegenerativas são condições muito debilitantes, com causas desconhecidas e ainda sem cura, que afetam milhões de pessoas de todas as idades e resultam da degeneração progressiva e/ou morte de neurónios – as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso. Esta degradação pode afetar o movimento do corpo e o funcionamento do cérebro, originando demência.
Estas doenças têm um grande impacto na vida profissional, social e familiar dos pacientes, podendo levar a uma incapacidade total para exercerem qualquer tipo de atividade quotidiana e mesmo à morte.
Os seres humanos nascem com cerca de 100.000 milhões de neurónios - mais do que o número de estrelas na via láctea!! - que são um tipo de células presentes no nosso sistema nervoso. Com a passagem do tempo, alguns vão-se perdendo e morrem.
Contudo, por vezes os neurónios degeneram ou morrem mais rápido do que o normal e surgem as doenças neurodegenerativas que podem aparecer em qualquer idade, e não só em pessoas mais idosas.
Existem neurónios no cérebro e na espinal medula, os dois órgãos principais do sistema nervoso.
As doenças neurodegenerativas são diferentes dependendo do local onde os neurónios morrem ou degeneram no sistema nervoso.
A investigação científica é essencial para acelerar o conhecimento sobre a causa destas doenças, o que exige muito financiamento para os cientistas poderem trabalhar.
Qual o impacto das doenças neurodegenerativs na sociedade?
As doenças neurodegenerativas são processos degenerativos progressivos que se vão tornando mais graves com o passar dos anos. Os doentes podem, por exemplo, ter problemas motores terminando imóveis ou numa cadeira de rodas; ter dificuldades respiratórias que podem causar a morte; ter problemas cognitivos ou relacionados com a gradual perda de memória, eventualmente afetando a memória sobre tudo o que se aprendeu ao longo da vida.
Estas doenças têm um grande impacto na vida profissional, social e familiar dos pacientes, podendo levar a uma incapacidade total para exercerem qualquer tipo de atividade quotidiana. Por esta razão, os próprios cuidadores e familiares que acompanham o dia-a-dia destes doentes acabam também por ser vítimas invisíveis da doença, sendo fácil de imaginar o forte impacto negativo que uma doença deste tipo tem no núcleo familiar.