Mais de 500 toneladas de medicamentos apreendidas em megaoperação em 116 países

Em comunicado, a Interpol, refere que, entre os fármacos apreendidos, estão falsos medicamentos contra o cancro, analgésicos contrafeitos, bem como seringas sem qualidade.
No âmbito da Operação Pangea XI, o material apreendido está avaliado em 14 milhões de dólares (12,1 milhões de euros).
A investigação, prossegue o comunicado, focou-se em serviços de entrega que eram usados por redes criminosas organizadas, que por sua vez operavam através da Internet, em redes sociais e ‘sites’ de compras ‘online’.
Quase um milhão de embalagens foram inspecionadas na semana da operação (entre 9 e 16 de outubro), de uma vasta gama de fármacos: anti-inflamatórios, analgésicos, hipnóticos e sedativos, comprimidos para a disfunção erétil, esteroides anabolizantes, comprimidos para emagrecimento, Parkinson e diabetes, e até para o tratamento de VIH/Sida.
Foram ainda verificados mais de 110 mil dispositivos médicos, como seringas, lentes de contacto, aparelhos auditivos e instrumentos cirúrgicos.
A operação internacional PANGEA XI decorreu entre 09 e 16 de outubro e além das 838 investigações, foram monitorizados 16.218 ‘links’ na internet, tendo sido desligados 3.671.
Destes, 2.688 eram ‘websites’ e 983 eram de páginas em redes sociais com promoção de produtos farmacêuticos ilícitos.
Uma operação idêntica foi realizada em setembro de 2017 (Pangea X) e culminou com a detenção de cerca de 400 pessoas e 25 milhões de unidades de medicamentos falsos, potencialmente letais, apreendidos.
Nesta operação, segundo as autoridades, foi impedida a entrada em Portugal de 6.686 unidades de medicamentos ilegais no valor de 11.337 euros.