Hospital CUF Descobertas

Mais de 100 profissionais envolvidos em simulacro de sismo

Imagine que às 8h55 se sentia, em Lisboa, um sismo de magnitude 7, na Escala de Richter, com epicentro no Vale Inferior do Tejo. Este é o cenário do exercício de emergência simulada que teve lugar no Hospital CUF Descobertas, que envolveu 130 pessoas, das quais cerca de 20 crianças, que assumiram o papel de “vítimas”, nesta iniciativa.

Porque a segurança é uma prioridade para todos, o Hospital CUF Descobertas, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Regimento de Sapadores de Bombeiros, a Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública, a Junta de Freguesia do Parque das Nações e o Externato João XXIII, realizou no dia 04 de Agosto, um simulacro com o objetivo de testar a operacionalidade das equipas de intervenção e rotinar os procedimentos a adotar em situações de emergência.

O simulacro de sismo, que se realizou no âmbito dos 260 anos do Terramoto de 1755, que se assinalam este ano, estava associado a um cenário de danos que envolvia a cozinha do Hospital, local onde deflagrou um suposto incêndio subsequente a este evento. Como primeira intervenção, na receção central, foram montados postos de triagem especiais para receberem as 20 “vítimas do terramoto”, crianças provenientes do Externato João XXIII, caracterizadas de acordo com os ferimentos apresentados.

No final, quase duas horas depois de este simulacro ter início, 16 das “vítimas” tiveram alta hospitalar, tendo sido transferidas, as restantes quatro, ou para a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente ou para o Bloco Operatório.

De acordo com o Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, responsável pelos pelouros da Segurança e da Proteção Civil, “todas as entidades envolvidas estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido”. Fazendo um balanço muito positivo da iniciativa, Carlos Manuel Castro, referiu que tem havido um “aumento significativo de simulacros na cidade de Lisboa”, e que este, no sector da saúde, é exemplo disso. Carlos Manuel Castro salientou ainda que “em momentos de catástrofe, todos somos essenciais, não há divisão entre privado e público”.

Luís Cuña, médico coordenador do Atendimento Permanente de Adultos do Hospital CUF Descobertas, e responsável pela organização do exercício, destacou ainda que este “foi mais um útil exercício que se enquadra nas medidas de segurança contínuas desenvolvidas pelo Hospital e que veio contribuir para ajustar procedimentos e melhorar os processos de articulação entre as várias entidades envolvidas”.

Como tudo aconteceu:

A partir das 8h55

·         Às 8h55 teve lugar um sismo com epicentro no Vale Inferior do Tejo de magnitude 7 (Escala de Richter) e intensidade grau VII (Escala de Mercalli Modificada) sentido na área de

·         implementação do Hospital CUF Descobertas e do Externato João XXIII

·         Após o evento sente-se um cheiro intenso a gás, na Cozinha do Hospital, no piso -1, seguido de incêndio

·         São seguidos todos os procedimentos internos de emergência e procede-se à evacuação da cozinha e das zonas contíguas.

·         Colaboradores dirigem-se ao ponto de encontro, no exterior do hospital, e conferem presenças, enquanto chegam meios de socorro externos que assumem o comando das operações.

·         Meios de socorro externos dão como terminada a emergência.

·         Hospital retorna à normalidade

Às 9h44

·         Na sequência do abalo sísmico sentido às 08:55 na área de implementação do Hospital CUF Descobertas, o mesmo é contactado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil com o pedido para receber vítimas encaminhadas do Externato João XXIII.

·         O Hospital avalia o pedido e respetivas condições estruturais do edifício para acolher vítimas.

·         Após avaliação, comunica a sua capacidade de receber vítimas ao Serviço Municipal de Proteção Civil e faz a montagem dos postos de triagem na receção central

·         Médico da triagem primária dá autorização para começar a receber as vítimas

·         Às 10h05 - Vítimas começam a chegar – 20 vítimas, todas crianças – 17 feridos ligeiros, 2 feridos graves, 1 ferido em estado crítico (de acordo com a triagem de Manchester em Catástrofe, 17 “verdes”, 2 “amarelos” e 1 “vermelho”).

·         De 15 em 15 minutos é feita uma retriagem. Na sequência desta retriagem, há um paciente que é transferido da zona verde para a zona amarela, por agravamento do seu estado.

·         A equipa de emergência interna clínica é chamada para fazer uma transferência intra-hospitalar. O paciente que se encontra em estado crítico é transferido para a Unidade de Cuidado Intensivos Polivalente.

·         As vítimas da zona amarela, três feridos graves, são transferidos para o Bloco Operatório (2) e para a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (1).

·         As restantes 16 vítimas têm alta

·         Serviço Municipal de Proteção Civil contacta o Hospital CUF Descobertas a informar o fim da emergência

·         11h00 - Hospital regressa à normalidade 

Fonte: 
JLMA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.