Em Coimbra

Maior laboratório do Serviço Nacional de Saúde abre em outubro

O novo Laboratório Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, resultante da fusão e concentração dos seis laboratórios até agora dispersos, entra em funcionamento em outubro e permite uma poupança anual de dois milhões de euros.

Uma nota de imprensa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) enviada ontem à agência Lusa explica que, além destes dois milhões de euros de poupança, haverá ainda um aumento de receitas próprias em linha com as solicitações de outros hospitais.

Com a conclusão desta obra, diz ainda o CHUC, a nova estrutura, ao concentrar todas as valências, torna-se no “maior e mais completo laboratório do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

“É com orgulho que, no ano em que se comemoram os 35 anos do SNS, se possa anunciar uma obra desta importância, que dotará o país com um complexo laboratorial apetrechado ao nível europeu”, disse Martins Nunes, presidente do Conselho de Administração do CHUC.

Martins Nunes explicou também que esta obra resulta de “um grande esforço do Ministério da Saúde em investir em ganhos em saúde, na redução da despesa e em mais acesso para os doentes, e da determinação do CHUC para disponibilizar melhores equipamentos para servir a população”.

”Esta concentração poderá, a partir de 2015, atingir uma capacidade instalada até 15 milhões de análises/ano, a que corresponde um aumento de cerca de 50% da actual capacidade. O CHUC passa a ser autossuficiente em análises mais complexas e também passa a ter capacidade para tratar análises complexas e diferenciadas que outros hospitais, por norma, externizam”, diz nota de imprensa daquela unidade hospitalar enviada à agência Lusa.

O novo laboratório, anuncia ainda o CHUC, “ocupa uma área de 2.100 m2 no edifício de S. Jerónimo – Hospitais da Universidade de Coimbra e é constituído por um ‘core’ central, onde ficarão instalados os auto-analisadores, que representam 75% de todas as análises, e ainda por várias unidades diferenciadas, nomeadamente microbiologia, hematologia, imunologia, serologia infecciosa, imunoquímica, citometria de fluxo, assim como biologia molecular, cromatografia e espetrometria de massa, radioimunoensaio e autoimunidade”.

Incorporará igualmente “exames de genética, assim como exames do laboratório de saúde pública da ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro.

A área de colheita tem capacidade para atender, no local, 500 doentes/dia, servido por 12 postos de colheita.

Esta nova unidade, que representou um investimento de 500 mil euros em estruturas e na requalificação e redimensionamento do espaço (o equipamento já existe), está também preparada para a investigação e para o ensino.

O CHUC explica ainda que nos polos do Hospital Geral (vulgarmente designado por Covões) e do Hospital Pediátrico ficarão sediadas pequenas “unidades de resposta urgente”.

Foi construído um “pipe line” duplo (uma linha dedicada exclusivamente ao serviço de urgência e uma linha aos restantes serviços do hospital) para envio automatizado de amostras provenientes do edifício dos HUC, prevendo-se que seja estendido aos blocos de Celas e numa segunda fase ao Pediátrico.

Actualmente, o serviço de patologia clínica apresenta um orçamento de 12 milhões de euros/ano, com 19 médicos, mais sete internos e um estagiário, 21 técnicos superiores de saúde, um técnico superior, 84 técnicos de laboratório, 18 assistentes técnicos e 14 assistentes operacionais, num total de 165 funcionários.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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