Em 25 anos

IPO/Porto fez mais de dois mil transplantes de medula óssea

O Serviço de Transplantação de Medula Óssea do Instituto Português de Oncologia do Porto assinala na sexta-feira os 25 anos do primeiro transplante, realizado num doente que ainda está vivo, disse hoje fonte da instituição.

Este serviço completou recentemente dois mil transplantes, com uma taxa de sucesso que ronda os 90%.

Segundo o director do Serviço de Transplantação de Medula Óssea (STMO) do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO/Porto), António Campos Júnior, este serviço, inaugurado a 12 de outubro de 1988, é reconhecido como “um dos melhores serviços de transplantação de medula óssea a nível internacional”, posicionando-se no 33.º lugar num 'ranking' mundial composto por 600 unidades, e “o melhor a nível nacional”, efectuando de forma consolidada, “mais de 150 procedimentos por ano”.

O STMO do IPO/Porto é responsável por cerca de “50% dos alotransplantes feitos em Portugal”, ou seja transplantes em que dador e receptor são distintos, disse.

Salientou, ainda, que 25% dos transplantes são realizados em crianças e que uma parte significativa é feita com recurso a dadores não familiares e a sangue de cordão umbilical.

Actualmente, segundo Campos Júnior, “cerca de 50% dos transplantes alogénicos são feitos com recurso a dadores de registo”.

O STMO é membro activo das duas principais organizações internacionais ligadas a esta área da medicina: o European Group for Blood and Marrow Transplantation e o Center for International Blood and Marrow Transplant Research, que o colocam no 33º lugar no ranking mundial composto por 600 unidades de transplante.

“Esta classificação é feita de acordo com vários critérios, um deles é o número de transplantes. Para estar nos 200 primeiros tem de fazer mais de 100 transplantes, nenhuma das outras unidades portuguesas o faz”, sustentou Campos Júnior.

A sessão comemorativa dos 25 anos do primeiro transplante realizado pelo STMO do IPO/Porto será presidida pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa.

O painel de oradores integra ainda a Coordenadora Nacional de Transplantação, Ana França, o presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, Laranja Pontes, a directora clínica, Rosa Begonha, e o diretor do STMO, Campos Júnior.

Para o presidente do IPO-Porto, Laranja Pontes, “os 25 anos de actividade decorridos desde o primeiro transplante de medula óssea na instituição refletem a crescente evolução do STMO e o seu forte contributo para os tratamentos nesta área e para o sucesso do Serviço Nacional de Saúde que está a comemorar este ano os seus 35 anos”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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