Indústria de controlo de pragas defende novos métodos de ataque

O responsável de gestão de pragas da associação que reúne as empresas químicas e farmacêuticas, António Lula, disse que falta "um padrão" para que todos, especialmente autarquias e entidades públicas, sejam mais eficazes no combate às pragas, que abordam muitas vezes "com métodos do século passado".
Os métodos usados são os herdados da agricultura e os tratamentos consistem em "pôr três ou cinco vezes" o veneno, sem saber quanto é efetivamente comido e qual a eficácia real que tem.
"Veja lá se ninguém vê isto!" é a abordagem seguida pelos que procuram as empresas de controlo de pragas, ilustrou.
O problema é que a extensão de uma praga pode ultrapassar o que se vê e já não serve "o produto para matar tudo", porque mata mesmo tudo à volta, com efeitos ambientais e económicos.
António Lula afirmou que o setor usa "mais produtos naturais" porque as diretivas comunitárias assim impõem, levando ao uso de alternativas cujo impacto nos seres humanos e no ambiente seja menos nocivo.
As empresas contam que a Direção-Geral de Saúde, que também estará representada na cimeira, apresente o grupo de trabalho para fazer a regulamentação do setor.
Formação obrigatória para todos os que lidam com pragas é uma das condições que a Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar) quer ver regulamentada.
António Lula afirmou que os profissionais do setor, que se vão juntar num hotel de Cascais entre segunda e quarta-feira, veem "um aumento constante" de pragas, como ratos, tornadas "mais preocupantes" por não haver "monitorização concreta" das populações.
Na Cimeira Mundial dos Serviços de Gestão de Pragas para a Saúde Pública e Segurança Alimentar estarão confederações de empresas do setor de todo mundo.