Comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação

Europa quer colocar os cientistas em missões que entusiasmem as pessoas

A Europa quer colocar os cientistas a trabalhar em missões que entusiasmem as pessoas, uma ideia transmitida pelo comissário Carlos Moedas, que deu em Lisboa como pistas uma cidade sem emissões poluentes ou a cura da demência.

O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação descreveu, a uma plateia de investigadores e professores universitários portugueses, a proposta da Comissão Europeia para o próximo programa de financiamento comunitário do setor, o Horizonte Europa (2021-2027), no valor de 100 mil milhões de euros.

"O maior orçamento [europeu] de sempre para a ciência e inovação", sustentou aos participantes na reunião de trabalho da rede EurociênciaPT, uma iniciativa do eurodeputado do PSD Carlos Coelho.

A "proposta concreta" de orçamento, que terá de ser trabalhada até 06 de junho para que possa ser discutida no Parlamento Europeu, define, num dos seus pilares, o dos "desafios globais", cinco "áreas cruciais" para a Europa em termos de investigação e inovação: saúde, segurança, digital, clima/energia e alimentação.

Segundo Carlos Moedas, estas áreas terão "orçamentos específicos", nelas se incluindo o que chamou "missões que entusiasmem os europeus", em que os cientistas são desafiados a desenvolverem investigação direcionada para objetivos.

Como exemplos de possíveis objetivos, o comissário europeu deu um navio ou uma cidade com "zero carbono" ou a cura da demência.

Um dos problemas que o titular da pasta da ciência e inovação na Comissão Europeia invocou é que os cidadãos não sabem para que serve a ciência que está a ser feita na Europa.

A rede EurociênciaPT, que reúne mais de 80 investigadores e académicos portugueses, visa informar os cientistas das iniciativas europeias e acabar, nas palavras de Carlos Coelho, seu mentor, com "o divórcio" entre a comunidade científica e os legisladores.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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