Disfunções sexuais acima do expectável

Estudo analisa comportamento sexual dos estudantes de Medicina

O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de comportamentos de risco, comportamento sexual e disfunções sexuais em estudantes de Medicina portugueses e surgiu no âmbito de uma tese de mestrado integrado de Medicina de Carla Peixoto, interna de especialidade de Ginecologia Obstetrícia do Hospital de São João desde janeiro de 2014. Os estudantes da Faculdade de Medicina do Porto foram o objeto de análise.

A maioria dos estudantes de Medicina portugueses tem a sua primeira relação sexual aos 17 anos sendo a prática conjunta de sexo oral e vaginal a mais comum (56,2%). No que diz respeito a disfunções sexuais, os elementos masculinos apontam a disfunção ejaculatória (18,2%) e a disfunção erétil (7,8%), como as principais problemáticas, enquanto as mulheres reportam com maior frequência a dispareunia (dor na relação sexual) (40,8%), a dificuldade em atingir o orgasmo (34,7%) e a falta de lubrificação (18,5%).

A autora explica que “o trabalho surgiu no seguimento de um estudo publicado sobre a sexualidade da população portuguesa em geral (EPISEX)” mas “faltava aprofundar a questão das disfunções sexuais na população mais jovem, na qual esta problemática seria menos expectável”. A investigadora sublinha que “os estudantes de Medicina são uma população jovem e saudável mas estão também sujeitos a um nível elevado de stress físico e emocional” pelo que decidiu “estudar de que forma isto teria impacto na sexualidade destes jovens”.

Em jeito de análise aos resultados, Carla Peixoto conclui que “o estudo demonstra que as disfunções sexuais são uma realidade na população jovem e que surgem em percentagem bem superior ao que seria expectável”.

O estudo foi coordenado por Nuno Tomada, professor de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, responsável da Unidade de Medicina Sexual do Serviço de Urologia do Hospital de São João e autor da primeira aplicação informática (App) em Portugal que ajuda no diagnóstico e tratamento das doenças sexuais masculinas. A Men’s Sexual Medicine, para além de um conjunto de informação sobre o tema, oferece um questionário bem como um plano alimentar e de exercício físico personalizado. Encontra-se disponível na App Store e na Google Play e está certificada pela classe médica da especialidade.

Fonte: 
Living Between Media
Nota: 
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