Na Suécia

Está a ser construído aquele que será o melhor hospital do mundo

Um novo complexo hospitalar ligado ao Instituto Karolinska, uma das melhores escolas médicas e onde são atribuídos os prémios Nobel da Medicina, vai redefinir os cuidados de saúde na Suécia. O projeto define o espaço físico como essencial para o bem-estar do doente, a par da eficiência médica e científica. A medicina translacional é o pano de fundo.

O Novo Karolinska Solna, na capital sueca, vai estar ligado por uma passadeira ao Instituto Karolinska, um dos centros de pesquisa médica mais reconhecidos e avançados da Europa. Meia centena de professores desta instituição escolhe todos os anos os vencedores dos Prémio Nobel de Medicina, entregues em Estocolmo.

O novo complexo vai albergar 2.500 investigadores que trabalharão lado a lado com médicos, pacientes e indústria farmacêutica, naquilo que, segundo o Sapo, será um dos primeiros centros do mundo onde a medicina translacional é uma realidade. Entenda-se por medicina translacional o processo de encontrar soluções científicas para problemas reais e sem aparente solução à vista. Ou seja, é a transferência de resultados de investigação básica para a investigação clínica com benefícios para a comunidade.

"Estocolmo pretende tornar-se a região do mundo que liderará a pesquisa em saúde humana e qualidade de vida", preconiza um cartaz do hospital, sem desmerecer outros centros médicos de fama mundial.

O novo hospital universitário, 100% público, terá ainda uma cooperação estreita com a indústria. O centro já assinou acordos com empresas como a Boston Scientific, GE Healthcare, Philips Healthcare, Olympus, Siemens e Getinge.

"O custo dos cuidados de saúde está a aumentar muito. E nós vemos que temos interesses comuns com a indústria para melhorar os processos. Não queremos simplesmente comprar uma máquina, queremos comprar a máquina e o compromisso do fabricante em melhorar os processos com o doente", explica a biotecnóloga Annika Thoresson, do centro de inovação deste complexo hospitalar, citada pelo El País.

Cerca de 1% do equivalente a 1,5 mil milhões de euros, o valor orçamental do projeto, destina-se a obras de arte: esculturas, pinturas e objetos de design salpicados pelo hospital, até no teto das salas de raio-X.

"A arte e a cultura em todas as suas formas têm tanto efeitos preventivos como curativos. No novo hospital a arte desempenhará o seu papel", resume Gunnar Bjursell, um biólogo molecular do Instituto Karolinska, interessado na fusão entre a neurociência com a área das humanidades.

Estará pronto em 2016.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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