Na Europa

Emitido alerta contra o zika vírus

A Europa está a recomendar vigilância dos seus Estados-membros face à proliferação de casos do zika vírus no Brasil e em países da América Latina e pede que os médicos nos serviços públicos do continente sejam alertados sobre o surto. As autoridades europeias também estão a orientar os governos do bloco a fortalecer a capacidade dos seus laboratórios para poder testar eventuais casos que surjam na região.

O alerta faz parte um documento produzido pelos europeus em Dezembro diante da proliferação de casos brasileiros, que foram pelo menos 500 mil em 2015. Segundo a União Europeia, 19 países registaram casos nos últimos nove meses e a tendência é que a proliferação continue.

Na avaliação de risco, escreve o Diário Digital, o bloco recomenda ainda que os governos europeus não permitam a doação de sangue por pessoas que tenham passado pelas áreas indicadas pela avaliação, incluindo o Brasil.

A Europa não apresenta nenhum tipo de sugestão para que os seus cidadãos deixem de visitar o Brasil ou outras áreas afetadas. Também não existe qualquer restrição sobre o comércio, mas deixa claro que “viajantes para países onde o zika vírus está a circular estão sob o risco de desenvolver a doença pela picada do mosquito”.

A preocupação imediata dos europeus é com a contaminação nos seus territórios ultramarinos, como no caso da Madeira ou na Guiana Francesa, com casos que poderiam ser rapidamente importados para a Europa continental.

Uma das preocupações é que, sem informação, os médicos não identifiquem pessoas contaminadas e façam diagnósticos equivocados.

Usando dados oficiais, o Centro Europeu de Controlo de Doenças apontou que, em nove meses, o vírus foi registado em praticamente toda a América Central e também na Venezuela, Colômbia, Paraguai e Guiana Francesa, assim como em Porto Rico e na Martinica, ambos nas Caraíbas.

Mas, longe da América Latina, casos também foram registados em Vanuatu, Ilhas Salomão, Samoa, Fiji e Nova Caledônia, além de Cabo Verde.

O caso também chamou a atenção dos pesquisadores, que já alertam que a comunidade internacional corre o risco de repetir com o zika os mesmos erros que permitiram a proliferação do vírus do ébola, há dois anos. O alerta é de Trudie Lang, professora da Universidade de Oxford e uma das coordenadoras do Global Health Research, uma das maiores redes de investigadores do mundo, com mais de 50 mil membros.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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