Ébola: Portugal terá acesso ao soro experimental se necessário
Paulo Macedo falava na Comissão Parlamentar de Saúde, onde garantiu que Portugal está preparado para responder a eventuais casos de Ébola, o que passará pelo acesso ao soro experimental.
Além desta questão medicamentosa, Paulo Macedo disse que Portugal tem vindo a preparar-se para dois cenários: “Para a necessidade de repatriamento de um português que tenha sido infectado pelo vírus e para a importação de um caso do exterior”.
Segundo Paulo Macedo, existem 10 camas pediátricas (no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto), bem como mais 34 camas para adultos, nos hospitais Curry Cabral, em Lisboa, e no São João, no Porto, prontas para atender possíveis casos de contágio pelo vírus do Ébola.
O ministro disse ainda que as orientações relativas à resposta ao Ébola estão a ser permanentemente actualizadas, consoante o conhecimento científico que é alcançado.
Na terça-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um comunicado, indicando que está a analisar os equipamentos de protecção individual que devem ser usados pelos profissionais, bem como o contexto da sua utilização.
Esta análise da DGS acontece depois de, na segunda-feira, ter sido confirmado que uma auxiliar de enfermagem espanhola foi contagiada com o vírus, naquele que é o primeiro caso de contágio na Europa e fora de África. A profissional tinha atendido o missionário Manuel Garcia Viejo, vítima mortal do Ébola no dia 25 de Setembro, num hospital madrileno.
Desconhece-se de que forma se deu o contágio, mas a imprensa espanhola tem indicado que o protocolo seguido, assim como a protecção usada pela profissional, possam não ter sido os mais adequados. A profissional espanhola tornou-se no primeiro caso de contágio deste vírus na Europa.
O vírus do Ébola já matou quase 3.500 pessoas em mais de sete mil casos conhecidos da doença em países da África Ocidental, sobretudo na Guiné-Conacry, Libéria, Serra Leoa e no Gana.