Instituto Português do Sangue e Transplantação

Dádivas de sangue em Portugal protegidas contra vírus zika

Os dadores de sangue em Portugal estão a ser devidamente rastreados para que as dádivas sejam seguras, sem risco de alguma vez se poder contrair vírus como o zika, garantiu o Instituto Português do Sangue e Transplantação.

Em declarações, Gracinda Sousa, do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), garantiu que estão a ser tomadas todas as medidas de precaução necessárias para que as dádivas de sangue em Portugal sejam seguras, tendo sido realizado um alerta de prevenção em janeiro de prevenção.

As declarações desta responsável surgem um dia depois de as autoridades de saúde do Texas, no sul dos Estados Unidos, terem notificado um caso de transmissão por contacto sexual do vírus zika, potencialmente perigoso para mulheres grávidas e em crescimento na América Latina.

“Através do sistema português de hemovigilância , as informações[sobre alertas de vírus] são enviadas para todos os serviços de sangue para que estes tenham a informação atualizada de forma a acautelar e assegurar que não há transmissão destes vários agentes de doença que também podem ser transmissíveis pelo sangue”, explicou Gracinda Sousa.

Segundo a responsável, em janeiro deste ano foi feito um alerta devido à “agressividade imensa da epidemia pelo vírus zika”, garantindo que todos os profissionais de saúde que fazem a recolha de sangue em Portugal estão cientes das normas que devem seguir.

“Qualquer candidato a dador que chegue e diga que esteve nem que seja uma só noite no Brasil ou em outros países onde a doença pelo vírus zika se está a manifestar, a colheita não pode ser feita. A indicação é de uma suspensão por 28 dias depois de abandonar a área, mesmo não tendo qualquer manifestação da doença”, explicou.

O alerta, segundo Gracinda Sousa, refere ainda que caso o pretendente a dador tenha tido a doença, só depois de a ter curado, e após 120 dias, é que poderá dar sangue, “garantindo que não vai haver prejuízo de receção de contato de qualquer recetor de transfusão com qualquer coisa menos boa”.

Gracinda Sousa lembrou ainda que o primeiro alerta feito em Portugal para o vírus zika foi feito a 01 de junho de 2015, altura em que houve a primeira informação ao nível da eclosão do vírus, “embora não sendo comparável com aquilo que se passa hoje”, reconheceu.

De acordo com a responsável o IPST, está, desde sempre, “em contato permanente” com todas as informações nacionais, da Direção Geral de Saúde, por exemplo, e internacionais, como a Comissão Europeia, Organização Mundial de Saúde e ECDE – European Centre for Disease Prevention and Control, sobre as doenças e os vírus que circulam.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock