Organização Mundial de Saúde

Convenção internacional para controlo do tabaco com falta de recursos

Os recursos humanos e financeiros disponibilizados por vários Estados signatários da Convenção-Quadro da Organização Mundial de Saúde para o Controlo do Tabaco ainda são escassos quer para a sua implementação quer para a realização de relatórios.

A preocupação foi manifestada hoje pelo chefe de equipa da Convenção-Quadro da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Controlo do Tabaco, Tibor Szilagyi, na abertura da primeira reunião, desde os 12 anos de história da convenção, que se realiza em Luanda, até quinta-feira.

A Convenção-Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco é o primeiro tratado internacional sobre uma questão de saúde pública, em vigor desde 2005, e foi ratificada atualmente por 180 Estados.

Na sua intervenção, Tibor Szilagyi referiu que o encontro de Luanda visa ajudar as partes deste instrumento cumprir as suas obrigações no que diz respeito à apresentação dos relatórios decorrentes da sua aplicação.

"Este é o primeiro encontro, durante a sua existência de 12 anos da CQCT, que especifica e exclusivamente se concentra na elaboração de relatórios, ao abrigo da convenção", referiu o responsável.

Acrescentou que a apresentação de relatórios é importante para permitir que as partes se informem mutuamente, não apenas sobre os seus progressos, mas também sobre as dificuldades e desafios na implementação do tratado.

Por sua vez, o representante da OMS em Angola, Hernando Agudelo, manifestou o desejo de que os resultados deste encontro, em que participam representantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria e Zâmbia, permitam um melhor desempenho no futuro.

Hernando Agudelo realçou que as consequências do uso do tabaco causam a morte de 7,2 milhões de pessoas por ano no mundo, das quais 80% em países de baixo ou médio rendimento.

Já na região africana, morrem anualmente cerca de 146 mil adultos com mais de 30 anos devido a doenças relacionadas com o tabaco.

"A importância desta reunião reside precisamente na necessidade de os vários países signatários da Convenção-Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco terem instrumentos fiáveis para a recolha e publicação de dados sobre este impacto negativo na nossa vida económica, social e nos gastos com a saúde", referiu.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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