Organização Não-Governamental

Cirurgiões portugueses realizam operações cardíacas gratuitas em Moçambique

Um grupo de cirurgiões da organização não-governamental portuguesa Cadeia de Esperança está a realizar gratuitamente operações cirúrgicas cardíacas avaliadas em 15 mil dólares (13 mil euros) cada em Moçambique.

"As cirurgias são desenvolvidas no âmbito da ação humanitária", explicou Manuel Antunes, chefe da equipa dos médicos portugueses.

Antunes falava em conferência de imprensa convocada para fazer avaliação da missão portuguesa em Moçambique.

Na missão que começou no domingo, a equipa, que trabalha em cirurgia cardíaca há quase 18 anos em Moçambique, operou 15 doentes com sucesso.

As operações estão a ser realizadas no Instituto de Coração (Icor) em Maputo.

No início, para as missões em Moçambique, a equipa era composta por 11 técnicos portugueses, e agora são oito porque há cada vez mais integração de profissionais moçambicanos, disse o médico.

Entre os beneficiários da iniciativa, onze são crianças que tinham problemas cardíacos desde a nascença.

"Há doentes que são preparados aqui e são operados em Portugal", afirmou Manuel Antunes, acrescentando que é importante ter uma equipa em Moçambique que autonomamente faça cirurgia.

"Viemos fazer algumas coisas mais difíceis e deste modo ajuda-se a aperfeiçoar técnicas", acrescentou Antunes.

Beatriz Ferreira, médica do ICOR, chefia uma equipa de sete cardiologistas moçambicanos de "grande qualificação", também formada pela missão portuguesa.

"Cerca de 90% dos doentes que são operados são de camadas desfavorecidas da população moçambicana e não conseguem custear um tratamento que é caro em qualquer lado do mundo", referiu a médica.

Só no ano passado, o Icor realizou 170 operações no âmbito de ações humanitárias, segundo dados oficiais.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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