Centro Hospitalar do Oeste vai abater sete milhões à dívida de 35 ME

Questionada pela agência Lusa, Elsa Banza afirmou que os sete milhões de euros injetados no capital social do CHO “vão ser exclusivamente para pagar dívida” que, no total, é de 35 milhões de euros.
Em maio, o Governo alterou o estatuto jurídico do centro hospitalar de Setor Público Administrativo (SPA) para Entidade Pública Empresarial (EPE), o que vem facilitar a contratação de profissionais.
A presidente do novo conselho de administração, nomeado em setembro na sequência da alteração do estatuto, adiantou que espera vir a contratar pelo menos 20 médicos, 35 enfermeiros e 40 assistentes operacionais “para colmatar necessidades e repor recursos que se foram perdendo ao longo dos anos”.
Elsa Banza anunciou também que o CHO lançou concurso para obras no hospital de Peniche, onde vai ser criada uma ala psiquiátrica, com nove camas de internamento.
O investimento de meio milhão de euros, com financiamento comunitário a 85%, deverá ficar concluído no final de 2019.
A administradora falava à margem da cerimónia de entrega de duas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (uma para o hospital de Caldas da Rainha e outra para Torres Vedras) pelo Instituto Nacional de Emergência Médica.
As VMER entraram em funcionamento em 2002 e 2009 e foram agora renovadas.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e de Peniche e detém uma área de influência constituída pelas populações daqueles três concelhos, Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã, e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).
A população abrangida é de 292.546 pessoas, número que sobe para mais de 300 mil pessoas devido a eventos sazonais e aos doentes referenciados pelos centros de saúde.