Mais de 5.000

Assinaturas contra privatização do Hospital de Cantanhede

Mais de 5.000 pessoas já subscreveram um abaixo-assinado contra a eventual privatização do Hospital de Cantanhede, disse ontem o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos.

A petição, exigindo que o Hospital Arcebispo João Crisóstomo se mantenha “como hospital público e contra a sua privatização”, reúne assinaturas de utentes deste concelho, mas também dos municípios vizinhos de Mira e Montemor-o-Velho, disse à agência Lusa Fátima Pinhão, dirigente do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).

Nos últimos dois meses, “conseguiu-se mais de 5.000 assinaturas”, na petição ‘online’ e em papel, “e vai-se continuar na rua” até à sua entrega na Assembleia da República, acrescentou.

“O MUSP está contra o encerramento dos serviços públicos de proximidade”, disse Fátima Pinhão, realçando que “continua a falar-se na privatização” do Hospital de Cantanhede.

No dia 27, às 15:30, o movimento vai realizar uma reunião, aberta à população, no Museu da Pedra de Cantanhede, tendo já pedido a cedência do espaço à Câmara Municipal.

Segundo aquela dirigente, a reunião destina-se a organizar a entrega da petição do Parlamento, em data a anunciar, e dar às pessoas a oportunidade de “encontrar outras formas de luta” a nível local.

A eventual privatização do Hospital de Cantanhede afectaria, “mais uma vez, os mais desfavorecidos, como idosos e reformados”, salientou.

O texto da petição refere que a portaria 82 de 2014, de 10 de abril, exclui esta unidade de saúde da lista de hospitais públicos, “o que significa que o Ministério da Saúde já tomou a decisão de privatizá-lo”, segundo o MUSP.

“Os abaixo-assinados pronunciam-se pela sua manutenção na esfera pública, integrado no Serviço Nacional de Saúde, no respeito do preceito constitucional de que a saúde é um direito universal, geral e tendencialmente gratuito, garantido pelo Estado.

Em julho, a deputada do PCP Rita Rato alertou para a possibilidade de privatização do Hospital de Cantanhede e criticou o encerramento das urgências e a existência de profissionais de saúde em regime de avença.

A deputada, que na ocasião se reuniu com a administração do hospital, manifestou-se preocupada “com a possibilidade de privatização, depois de um investimento público de 3,7 milhões de euros” na unidade.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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