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Apoiar o Estado em rastreios de retinopatia diabética a nível nacional

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal é a entidade que reúne mais experiência e conhecimento no rastreio e tratamento da retinopatia diabética. A sua área de intervenção abrange, atualmente, os concelhos da área geográfica de Lisboa e Vale do Tejo.

O diagnóstico precoce de uma das principais complicações da diabetes insere-se nas atividades de prevenção da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e pode ser realizado por rastreios populacionais. Com o objetivo de diminuir as consequências e prevenir danos na visão, a APDP quer chegar a todas as regiões do país, diminuindo as assimetrias no acesso aos rastreios.

“De acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes (OND) – 2015, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética tem vindo a aumentar desde 2009 (223%)», recorda Luís Gardete Correia, presidente da APDP e do OND. «Para que os gráficos aumentem e os rastreios se propaguem, para não retirar qualidade de vida às pessoas com diabetes, é essencial que o Estado trabalhe na prevenção em conjunto com a APDP”, alerta.

Recentemente divulgado, o primeiro estudo epidemiológico realizado em Portugal sobre a retinopatia concluiu que 16,3% das mais de 52 mil pessoas com diabetes examinadas sofriam de retinopatia. A população avaliada por este estudo, realizado por especialistas da APDP, compreende a área geográfica de Lisboa e Vale do Tejo, onde a APDP já realiza rastreios. Os resultados agora apresentados permitem perceber a necessidade de generalizar de forma organizada e regular os rastreios a nível nacional.

“O problema é que temos em Portugal um milhão de pessoas com diabetes, destas andam cerca de 700 mil em tratamento e a noção que temos é que menos de 10 ou 15% destas pessoas terão acesso ao programa de rastreio da retinopatia diabética”, sublinha João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

A retinopatia diabética é uma manifestação oftalmológica da diabetes, e uma das principais causas de perda grave de visão a nível mundial. A sua frequência depende dos anos de duração da diabetes. Após 20 anos de evolução, mais de 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e mais de 60% das de tipo 2 sofrem de retinopatia diabética. O mau controlo metabólico (glicémia e pressão arterial) constitui também um fator de risco para o aparecimento da retinopatia.

O diagnóstico é feito através da observação periódica do fundo do olho após dilatação (oftalmoscopia). Mas o melhor tratamento consiste em prevenir o desenvolvimento da retinopatia controlando os níveis de glicose, tensão arterial e lípidos sendo fundamental o exame oftalmológico periódico, que na diabetes do tipo 1 será efetuado após a puberdade se o aparecimento da diabetes foi antes desta, e 5 anos após o diagnóstico se o aparecimento foi posterior. Nas pessoas com diabetes tipo 2, logo após o diagnóstico; na gravidez a vigilância deve fazer-se trimestralmente (mais informação).

A equipa de rastreios da APDP vai estar nos seguintes locais e horários nos próximos dias:

ACES ALMADA SEIXAL

  • Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Rainha Dª Leonor (Av. Rainha Dª Leonor, nº 2, Almada) - 6 a 14 de outubro, das 9h00 às 16h00;
  • Unidade de Saúde Familiar CSI Seixal (Largo da Mundet, Bairro Novo) - 7 a 21 de outubro, das 9h00 às 16h00 (exceto dia 7, em que os rastreios têm início às 10h00). 

ACES OESTE SUL

  • Unidade de Saúde Familiar Dom Jordão (CS Lourinhã, Av. Dr. Catanho de Menezes) - até 6 de outubro, das 9h00 às 1600h (exceto dia 6, em que os rastreios decorrem apenas até às 14h00);
  • Torres Vedras (Pça 25 de Abril, 12) - até 11 de outubro, das 9h00 às 16h00 (exceto dia 11, e que os rastreios decorrem apenas até às 11h00. 
Fonte: 
Multicom
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock