ADSE: Governo está a mostrar que subsistema é importante ao garantir a sua continuidade

“Fiquei tranquilo com as palavras do primeiro-ministro porque mostrou e mostra aos portugueses que a ADSE é importante, não só para os funcionários públicos que a ela tem acesso, mas para todos os portugueses”, referiu.
Miguel Guimarães falava aos jornalistas na Farmácia Vitória, no Porto, onde juntamente com a bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, assinou a petição pública "Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS".
A existência da ADSE significa que um conjunto de pessoas, cerca de um milhão, utilizam outros serviços para além do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, se porventura terminasse, o SNS teria potencialmente mais estes utentes todos, vincou.
Neste momento, o SNS está na “linha vermelha” do que é o acesso aos cuidados de saúde, não tendo capacidade para dar resposta a todos os portugueses porque tem “graves deficiências”, considerou.
“Mas, a existência ou não da ADSE não depende do primeiro-ministro, depende dos seus beneficiários”, disse ainda Miguel Guimarães.
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu na quinta-feira que a ADSE não vai acabar e reafirmou a intenção do Governo de negociar preços justos com os grupos privados prestadores de cuidados de saúde.
"Acho que é preciso uma palavra de confiança a todos os beneficiários da ADSE. Os cuidados de saúde não estão em causa, estarão integralmente assegurados, assim como também está assegurada a continuidade da ADSE. Para isso, é essencial que a ADSE mantenha boas condições de solidez financeira e boas condições comerciais", afirmou o chefe do Governo.
Os três maiores grupos de saúde privada do país anunciaram que vão romper as convenções com a ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos.