ADSE começa a discutir abertura a 88 mil novos beneficiários

A revisão do regime de benefícios e a consequente abertura a novos beneficiários começou a ser equacionada há mais de um ano, mas foi decidido pelo CGS que as novas entradas deviam ser feitas de forma faseada, dando-se prioridade aos CIT (onde se incluem milhares de trabalhadores dos hospitais EPE) e aos que no passado renunciaram ao sistema.
Em causa, escreve o Diário de Notícias, está um universo que abrange quase 88 mil pessoas (entre 82 500 com contrato individual de trabalho e 5750 renúncias tácitas e expressas). Um estudo realizado pela ADSE no ano passado estima que, num cenário realista, deste total, o número de potenciais adesões ronde as 64 mil.
A proposta inicial de abertura do sistema previa a entrada dos cônjuges dos atuais beneficiários (atualmente apenas podem estar na ADSE se não tiverem qualquer outro subsistema saúde, o que limita o universo aos cônjuges dos funcionários públicos que não trabalham) e aos filhos com idade superior a 26 anos. Foi decidido, no entanto, que este alargamento apenas avançará depois de realizados estudos que permitam ver o impacto nas contas da ADSE.
Além do novo regime de benefícios, o CGS irá ainda analisar os trabalhos realizados para aferir a sustentabilidade da ADSE e analisar a revisão das tabelas de consultas, exames e atos médicos. Os novos preços que o subsistema paga à rede convencionada entraram recentemente em vigor e foram desenhados de forma a criar limites em alguns valores e atos, proporcionando uma poupança anual de algumas dezenas de milhões de euros.