21 de Abril de 2016

1º Dia da Reabilitação Respiratória reivindica Rede como prioridade absoluta

No âmbito da criação deste dia é apresentado uma proposta conjunta das entidades com recomendações e prioridades para a área. Especialistas reivindicam que a criação de uma Rede de Reabilitação Respiratória, adaptada às necessidades do País, de acesso universal e equitativo, deve ser considerada uma prioridade absoluta na resposta às Doenças Respiratórias Crónica em Portugal, bem como a articulação do SNS com Unidades Privadas em alternativa à continuidade da carência que existe atualmente no sistema de saúde.

“Estudos comprovam que a reabilitação respiratória atua positivamente na diminuição dos sintomas, no aumento da capacidade para o exercício físico, na melhoria da qualidade de vida, na redução do número de hospitalizações e de dias de internamento dos doentes com doenças respiratórias crónicas”, comenta Teles de Araújo, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão e do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em representação das entidades.

 

Fundação Portuguesa do Pulmão; Sociedade Portuguesa de Pneumologia; Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia; Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; Grupo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar; Associação Portuguesa de Fisioterapeutas; Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação; Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias; Observatório Nacional das Doenças Respiratórias; e as associações de doentes Respira e Alfa-1 Portugal são os parceiros que se juntaram para instituir este Dia, que conta ainda com o apoio da DGS.

 

“Criámos este dia com o intuito de aumentar o conhecimento relativamente aos benefícios da reabilitação respiratória e alertar para a importância de alargar o seu acesso. Acreditamos que muitos doentes não têm conhecimento sobre este tratamento cuja oferta em Portugal é bastante escassa e claramente insuficiente. Apenas cerca de 1% dos doentes têm acesso, só na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica estamos a falar de um universo de 700 mil doentes que deviam beneficiar de Reabilitação Respiratória”, continua o especialista.

 

As entidades defendem que para modificar esta realidade é fundamental um forte envolvimento das pessoas, das organizações e das autoridades de saúde na procura de vias para minimizar a grave situação com que se debatem os doentes.

 

Os programas de reabilitação respiratória são um passo fundamental no controle dos doentes respiratórios crónicos e, além de melhorarem a qualidade de vida dos doentes, diminuem as exacerbações da doença, os internamentos e a mortalidade prematura e respetivos custos associados, tanto para os doentes como para o Estado.

 

Mais sobre a reabilitação respiratória:

A reabilitação respiratória é uma intervenção multidisciplinar, abrangente, baseada na evidência, dirigida a doentes com patologias respiratórias crónicas sintomáticas e com limitação nas atividades do quotidiano.

Tem por objetivos a redução dos sintomas, a melhoria da capacidade funcional e a participação nas atividades da vida diária. Para além disso, a reabilitação respiratória permite reduzir os custos com recursos de saúde e estabilizar ou reverter as manifestações sistémicas destas doenças, como a disfunção músculo-esquelética ou a desnutrição.

São vários os doentes que podem beneficiar da reabilitação respiratória, pessoas com DPOC, com algumas formas de asma grave, com fibroses pulmonares, com fibrose quística, com deficit de Alfa 1 antitripsina e algumas doenças neuromusculares.

 

Mais sobre as doenças respiratórias:

As Doenças Respiratórias Crónicas, particularmente a DPOC e as Fibroses Pulmonares são causa frequente de incapacidade respiratória, com grave prejuízo da qualidade de vida dos doentes e sérias repercussões familiares.

A incapacidade respiratória destes doentes pode atingir patamares dramáticos, incapacitando-os para tarefas tão simples como vestir ou tratar da higiene diária.

As Doenças Respiratórias são anualmente responsáveis por 4 milhões de dias de afastamento das atividades laboral ou escolar. Fatia importante é da responsabilidade das doenças respiratórias crónicas.

Os custos diretos com as doenças respiratórias rondam anualmente os 600 milhões de euros. Só a DPOC é responsável por 240 milhões.

 

Entidades envolvidas na iniciativa Dia da Reabilitação Respiratória:

Fundação Portuguesa do Pulmão

Sociedade Portuguesa de Pneumologia

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia

Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação

Grupo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas

Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação

Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias

Observatório Nacional das Doenças Respiratórias

Associação Respira

Associação Alfa-1 Portugal

Com o apoio da Direcção-Geral de Saúde

Fonte: 
Hill+Knowlton Strategies Portugal
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Hill+Knowlton Strategies Portugal