Atlas da Saúde
Publicado em Atlas da Saúde (https://www.atlasdasaude.pt)

Início > Fibras alimentares

Consuma a quantidade adequada
As fibras alimentares, mais recentemente também chamadas de complantix, designam um conjunto de subs
Pão e trigo em cima de mesa

São compostos que têm muitos efeitos benéficos no nosso organismo, sendo mesmo essenciais para o normal funcionamento do sistema digestivo. No vasto grupo das fibras alimentares podemos distinguir as fibras solúveis das insolúveis.

As fibras solúveis encontram-se principalmente nos frutos, hortícolas, leguminosas e alimentos contendo aveia, cevada ou centeio. A estas atribuem-se sobretudo efeitos sobre o tempo de digestão [1] no estômago e no intestino delgado (o tempo de absorção dos nutrientes no intestino delgado torna-se mais longo), sobre a absorção de esteróides prejudiciais para a parede intestinal, sobre a diminuição da quantidade de colesterol absorvida (contribuindo assim para a diminuição dos níveis de colesterol sanguíneos) e sobre a regulação de hormonas produzidas nas paredes digestivas e no pâncreas [2].

As fibras insolúveis encontram-se principalmente nas hortaliças e outros hortícolas e nos cereais inteiros e seus derivados integrais (ex. pão escuro, arroz e massas integrais, cereais de pequeno almoço integrais não açucarados, etc.). A este tipo de fibras atribui-se um papel preponderante sobre a actividade do cólon (intestino grosso), uma vez que são responsáveis pelo aumento do volume e fluidez das fezes e pelo estímulo da motilidade intestinal. Estas também são hidrolisadas pelas bactérias da flora intestinal e facilitam a proliferação das bactérias não agressivas na flora bacteriana contribuindo para a protecção da parede do cólon.

Benefícios da adequada ingestão de fibras

  • Aumentam o volume do conteúdo gástrico e retardam o seu esvaziamento, favorecendo por isso a sensação de satisfação e protelando o aparecimento da fome;
  • Estimulam o esvaziamento biliar;
  • Alteram o tempo de absorção da glicose e contribuem para uma redução do total da glicose absorvida no intestino;
  • Diminuem a quantidade de colesterol absorvida pelo intestino, contribuindo assim para a redução dos níveis de colesterol [3] sanguíneo;
  • Aceleram a motilidade intestinal;
  • Uma vez que aceleram a velocidade do trânsito intestinal, diminuem o tempo de exposição da parede do cólon a agentes potencialmente nocivos (cancerígenos, tóxicos, etc.);
  • Reforçam a actividade das bactérias protectoras existentes na flora bacteriana;
  • Promovem a redução da pressão intracólica (i.e. ao nível do intestino grosso). 

Actualmente recomenda-se uma ingestão diária de pelo menos 25g de fibras.

Este valor pode ser facilmente atingido se

  • Consumir pão escuro, de mistura ou integral em vez do tradicional pão branco que é geralmente produzido com farinha muito refinada e por isso tem um baixo conteúdo em fibra;
  • Optar por cereais de pequeno-almoço ricos em fibra não açucarados ou pelo menos misture, em partes iguais, cereais ricos em fibras com os cereais que consome habitualmente;
  • Consumir fruta entre as principais refeições e também como sobremesa;
  • Consumir sopas ricas em legumes e hortaliças ao almoço e ao jantar;
  • Usar como acompanhamento do prato principal saladas e hortícolas;
  • Alternar o consumo de massas e arroz branco com as suas versões integrais, que são ricas em fibras;
  • Utilizar frutos secos ou pequenos pedaços de frutos frescos como entrada, em vez de outros aperitivos ricos em sal e em gordura;
  • Consumir diariamente leguminosas tais como feijões, ervilhas, grão, favas, lentilhas, etc. no prato ou na sopa;
  • Acrescentar alimentos como: alface, cenoura, milho, couve roxa, tomate, cebola, pepino, pimento, etc. às suas sandwichs e faça-as com pão escuro, de mistura, de cereais ou integral.

Consequências do baixo consumo de fibras

  • Obstipação [4] e outros distúrbios do trânsito intestinal;
  • Aumento do risco do aparecimento de hemorroidas [5], diverticuloses e outros distúrbios do normal funcionamento intestinal;
  • Aumento do risco de cancro do cólon;
  • Aumento do risco de aparecimento de hiperglicemia e diabetes [6];
  • Risco aumentado de colesterol elevado e consequentemente de doença cardiovascular [7].

Artigos relacionados

Mais frutas, hortaliças e legumes [8]

Nova tendência: o que são os superalimentos? [9]

Os açúcares e o cancro: qual a relação? [10]

Fonte: 
DGS [11]
Foto: 
ShutterStock [12]
Alimentação Receitas e Dietas [13]
Alimentos [14]
Artigos Complementares [15]
Direção-Geral da Saúde [16]
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
  • Contactos Atlas da Saúde
  • Estatuto Editorial
  • Ficha Técnica
  • Política de Privacidade / Termos e Condições
  • Mapa do Site

URL de origem:https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/fibras-alimentares

Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/digestao-passo-passo [2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pancreas [3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/colesterol [4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/obstipacao-1 [5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hemorroides [6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/diabetes-1 [7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doenca-cardiovascular [8] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/mais-frutas-hortalicas-e-legumes [9] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/nova-tendencia-o-que-sao-os-superalimentos [10] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-acucares-e-o-cancro-qual-relacao [11] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dgs [12] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock [13] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/alimentacao-receitas-e-dietas [14] https://www.atlasdasaude.pt/taxonomy/term/47816 [15] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-complementares [16] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/direcao-geral-da-saude