União Europeia

Venda de Pau de Cabinda é ilegal a partir de hoje

O famoso afrodisíaco, usado para tratar a disfunção eréctil, que até aqui podia ser adquirido em qualquer ervanária ou supermercado, passa a ser de venda proibida em todos os países da União Europeia com efeitos a partir de hoje. Os riscos para a saúde estão na base da decisão.

A União Europeia reconheceu existir "a possibilidade de ocorrência de efeitos nocivos para a saúde associados à utilização do pau-de-cabinda" - a pedido de um estado-membro, a Alemanha - mas não conseguiu provar que estes de facto existissem. Perante "uma incerteza científica" sobre a segurança do uso da planta, decidiu proibir a sua utilização na alimentação, lê-se no regulamento 2019/650 da Comissão Europeia do dia 24 de abril.

Por cá, os especialistas ouvidos pelo Diário de Notícias admitem que o consumo de Pau de Cabinda pode causar "graves problemas a pessoas hipertensas". De acordo com o urologista, Nuno Monteiro Pereira, apesar de serem comercializados em Portugal dois medicamentos que continham a molécula da planta, estes foram descontinuados, uma vez que as pessoas preferiam a planta. "O pau de Cabinda dá resultado - e os portugueses conhecem bem a planta devido à nossa ligação a Angola", refere em entrevista ao DN.

Até hoje o pau de cabinda podia ser adquirido em cápsulas, ampolas com doses definidas ou em chá. Para os especialistas, o grande problema do uso de Pau de Cabinda é a sua utilização em chás, uma vez que "a dose não é controlada". "O médico até pode dizer que só pode beber uma chávena ou só usar uma colher de chá da planta, mas depois os homens querem ter uma maior reação e em vez de uma colher de chá, usam duas ou três, o que pode levar a crises hipertensivas graves", descreve o urologista.

Sem Pau de Cabinda resta o famoso comprimido azul, ainda que este atue de forma diferente da planta. O certo é que com a notícia da sua proibição, os pedidos de compra online aumentaram nos últimos dias.

 

Fonte: 
Diário de Notícias Online
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
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