“Não chegues atrasado ao diagnóstico”

SPG lança campanha de sensibilização para as Doenças Inflamatórias do Intestino

“Não chegues atrasado ao diagnóstico” é o apelo que a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, em parceria com a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, Colite Ulcerosa, Doença de Crohn e a Associação CrohnColite Portugal, faz à população com a campanha de sensibilização para as Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) lançada hoje.

As Doenças Inflamatórias do Intestino são doenças crónicas, sem cura, do tubo digestivo. As mais comuns são a doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. Registam baixa mortalidade, mas elevada morbilidade e, por isso, têm um grande impacto na qualidade de vida, já que muitos doentes precisam de hospitalizações e cirurgias. São doenças mediadas pelo sistema imunitário cuja incidência tem vindo a aumentar. Em Portugal afetam cerca de 24 mil pessoas.

Esta iniciativa conjunta, que conta com o apoio da Janssen, companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, destina-se aos jovens entre os 20 e 35 anos, faixa etária em que a doença é mais diagnosticada, tendo, por isso, um elevado impacto a nível laboral, pessoal e social.

“Esta iniciativa sublinha a urgência e necessidade da população estar atenta aos sintomas destas doenças. Atualmente registam-se atrasos no diagnóstico de mais de dois anos (tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico) o que impede um tratamento precoce”, esclarece Marília Cravo, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

A causa destas doenças é ainda desconhecida, mas pensa-se que resulta de uma interação complexa entre predisposição genética, exposição a fatores ambientais e uma flora intestinal alterada da qual resultam alterações inflamatórias crónicas no intestino.

Não existe nenhuma medida preventiva aprovada para as DII mas, promover um estilo de vida saudável e uma dieta equilibrada tem benefícios em todas as esferas da saúde.

Diagnóstico, sintomas e tratamento

O diagnóstico da DII implica a combinação de dados clínicos, laboratoriais, imagiológicos e a realização de uma colonoscopia com biopsias. Os sintomas mais comuns são: diarreia crónica (que dura mais de um mês), dor abdominal, e perda de sangue pelo ânus. Pode também haver perda de peso, fadiga, atraso de crescimento (nas crianças), anemia, dores e inchaço nas articulações, entre outros.

Não existe cura para as DII. No entanto, existem várias opções para o tratamento, sendo frequentemente utilizados medicamentos imunossupressores e fármacos biológicos, ou seja, soluções que tentam combater o ciclo de inflamação que se perpetua nestes doentes. A cirurgia pode fazer parte dos tratamentos, em casos específicos.

O objetivo do tratamento é devolver a qualidade de vida aos doentes e permitir que possam ter uma vida normal.

Assista ao filme desenvolvido pela SPG para divulgação desta campanha:

Fonte: 
Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia