15 mil euros

Prémio Grünenthal Dor 2020 atribuído a duas equipas de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

A Fundação Grünenthal acaba de atribuir o Prémio Grünenthal Dor 2020, no valor total de 15 mil euros (quinze mil euros), aos trabalhos de investigação clínica e de investigação básica de duas equipas de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Na categoria de investigação clínica, é vencedor do Prémio Grünenthal Dor 2020 o trabalho intitulado “Non-Adherence to Pharmacotherapy: A Prospective Multicentre Study About Its Incidence and Its Causes Perceived by Chronic Pain Patients”. Da autoria de Rute Sampaio, Luís Azevedo, Claúdia Camila Dias, José Castro Lopes, da FMUP, o estudo avaliou os fatores que motivam a não-adesão à terapêutica por parte dos doentes com dor crónica ao longo de 12 meses. O estudo demonstra que a não-adesão à terapêutica é comum nos doentes com dor crónica. Apenas uma semana após o início do tratamento, 37% dos doentes não tomava a medicação prescrita. Um ano depois, essa percentagem era de 51%. O projeto foi premiado com 7.500 euros.

Na categoria de investigação básica, o prémio acaba de ser atribuído à equipa de investigadores da FMUP José Tiago da Costa-Pereira, Joana Ribeiro, Paula Serrão, Isabel Martins e Isaura Tavares, igualmente no valor de 7.500 euros. O trabalho desenvolvido por esta equipa e intitulado “Serotoninergic and Noradrenergic Descending Pain Modulation in an Animal Model of Chemotherapy-induced Neuropathy” consiste numa investigação dedicada à neuropatia induzida pela quimioterapia, uma complicação comum do tratamento do cancro. Esta investigação lança uma nova luz sobre os mecanismos neurológicos subjacentes à dor e aos sintomas da neuropatia induzida pela quimioterapia, nomeadamente, quanto às consequências centrais da lesão dos nervos periféricos pelos agentes citostáticos usados no tratamento de doentes com cancro.  Os investigadores sugerem o desenvolvimento de novas soluções que combinem mecanismos de ação diversos para aumentar a eficácia do tratamento da neuropatia. Os resultados serão, agora, reavaliados com recurso a métodos em desenvolvimento, de modo a avaliar, o real impacto no tratamento de doentes oncológicos.

O júri do galardão é constituído por sete membros, um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

O Prémio Grünenthal DOR é um prémio anual, criado pela Fundação Grünenthal, destinado a galardoar trabalhos em língua portuguesa ou inglesa, da autoria de médicos ou outros profissionais de saúde, sobre temas de investigação básica ou clínica relacionados com a dor e que tenham sido realizados em Portugal.

Os vencedores do Prémio Grünenthal Dor 2020 apresentaram os seus projetos no Colóquio da Fundação Grünenthal, em Lisboa. A sessão foi dirigida pelo Professor Doutor Walter Osswald, presidente da Fundação Grünenthal.

 

 

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