Jornada de dois dias

“Posição Conjunta para a Saúde Digital Inclusiva” apresentada quinta-feira no Iscte

O Iscte será, durante dois dias, palco de reflexão sobre a nova relação médico-doente no mundo digital e a inclusão e a equidade na área da saúde. Para além de apresentar um caderno científico dedicado à “Transformação Digital e Inclusão na Saúde”, o Iscte reunirá investigadores, docentes, associações e empresas para debater a capacitação e a participação dos cidadãos.

A “Posição Conjunta para a Saúde Digital Inclusiva” será apresentada esta quinta-feira no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa nas III Jornadas de Saúde Societal. Já assinada por 14 associações de doentes, das 44 que estão a trabalhar na adesão a esta posição, é um documento que promove a informação e a participação dos cidadãos nos processos de prestação de cuidados de saúde na era digital, assim como o desenvolvimento de uma nova relação médico-doente que a pandemia da Covid-19 acelerou.

A Ordem dos Médicos (Secção Regional do Sul) e a Ordem dos Psicólogos vão participar neste debate sobre saúde digital inclusiva que decorrerá durante as jornadas. O acesso efetivo aos dados de saúde, bem como os benefícios da exploração responsável dos dados de saúde na investigação, na formulação de políticas públicas e na gestão de sistemas de saúde vão estar no centro das intervenções (Ver Programa completo em anexo).

“A promoção de uma saúde digital inclusiva tem de contemplar a capacitação digital de indivíduos e de doentes, para que estes não sejam excluídos desta mudança”, afirma Luísa Lima, docente e investigadora do Iscte e coordenadora das jornadas. “Só com capacitação, literacia e advocacia para a utilização de dados de saúde na justa medida e de forma segura, os dados disponíveis poderão ser úteis para a promoção de políticas que melhorem a prestação de cuidados de saúde à população”.

Promover a inclusão e debater os impactos da digitalização na área da saúde é o principal objetivo deste congresso promovido pelo Iscte-Saúde. O Iscte irá apresentar o III volume do seu Caderno de Saúde Societal, desta vez dedicado à “Transformação Digital e Inclusão na Saúde”. Este caderno reúne um conjunto de reflexões sobre a sociedade e a telesaúde, impulsionada pela pandemia da Covid-19. A apresentação será feita por Henrique Martins, Jorge Ferreira, Elzbieta Campos e Elsa Cardoso, docentes e investigadores do Iscte,

O Iscte-Saúde é uma iniciativa para melhorar a resposta aos desafios da saúde na sociedade atual, através da conjugação entre a investigação, a formação e a intervenção do Iscte nas áreas de ciências sociais, da gestão e da tecnologia. É uma iniciativa de saúde societal que pretende “alargar os horizontes à participação do cidadão e ao papel das políticas públicas”.

Acesso aos dados de saúde para investigação

O programa das jornadas está dividido em dois dias. O primeiro será dedicado a quatro workshops: "Atualização e Participação nas Políticas de Saúde Digital", realizado com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação; “Saúde Digital”; e "ePROMS: Desigualdades no acesso a investigação e ensaios clínicos". Dedicado ao digital e organizado em parceira com a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, este último workshop tem como objetivo aprofundar os desafios entre o mundo do digital e a relação médico-doente, bem como da utilização de novas ferramentas digitais.

O primeiro dia das jornadas encerra com a gravação ao vivo do podcast “Pensar Saúde e Sociedade”. Ricardo Gonçalves Viegas, fundador do podcast, estará à conversa com três especialistas da área da saúde: Maria de Belém, antiga ministra da Saúde, Clara Carneiro, ex-assessora da Presidência da República, e Maria do Céu Machado, ex-presidente do Infarmed.

Haverá três mesas redondas de debate no último dia das jornadas: uma sobre a “Transformação Digital na Saúde”, outra sobre "Participação e Inclusão na Saúde" e a última é dedicada às “Desigualdades sociais na saúde: Desafios futuros”

 

 

Fonte: 
Longo Alcance
Nota: 
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