Poupança entre 19% e 52% nos custos médicos diretos

Nova revisão da literatura salienta os benefícios económicos associados à remissão na artrite reumatoide

Uma revisão da literatura publicada na Advances in Therapy assinala que a remissão clínica na artrite reumatoide (AR) pode estar associada a benefícios económicos como, por exemplo, a redução dos custos médicos diretos e indiretos relacionados com a doença, em comparação com outros níveis de atividade da doença.

“A artrite reumatoide não só tem uma carga física e emocional significativa na vida das pessoas que sofrem desta doença crónica e progressiva, como está também associada a um impacto financeiro substancial”, afirmou Sepideh F. Varon, vice-presidente para a Health Economics and Outcomes Research do Departamento de Imunologia da AbbVie. “Além do impacto fundamental que a remissão pode ter na vida dos doentes, as conclusões desta revisão salientam a poupança a ela associada em termos de custos diretos e indiretos.”

Ficou demonstrado que alcançar remissão na AR permite uma poupança entre 19% e 52% nos custos médicos diretos (p. ex. diminuindo o número de consultas em ambulatório/de especialidade, internamentos, exames médicos/exames imagiológicos/análises clínicas, cirurgias, fisioterapia e ortoses), e entre 37% e 75% nos custos indiretos (p. ex. reduzindo a perda de produtividade laboral e a incapacidade para o trabalho). Os doentes com controlo sustentado da doença apresentaram ainda menos exacerbações da doença e necessitaram de menos recursos para o tratamento da doença, tais como consultas, exames ou fisioterapia, em comparação com outros níveis de atividade da doença.

“Está bem estabelecido que alcançar taxas elevadas de remissão no início do percurso terapêutico pode, a longo prazo, ajudar os doentes a conservar a função articular e a evitar a incapacidade. Porém, esta publicação inclui dados novos e muito necessários sobre os benefícios económicos obtidos quando se alcança a remissão”, afirmou Andrew Ostor, principal autor da revisão da literatura e consultor em Reumatologia no Cabrini Medical Centre, Melbourne, Austrália. “Estas conclusões reforçam ainda a importância da estratégia 'treat-to-target' para alcançar remissão na AR, algo que é igualmente recomendado nas orientações clínicas.”

A remissão clínica na AR pode ser definida como a ausência ou a ocorrência mínima de sinais e sintomas de inflamação, incluindo dor nas articulações, dor à palpação e rigidez matinal. Os critérios frequentes de avaliação de remissão clínica baseiam-se no Índice de atividade da doença com 28 articulações (DAS28), no Índice simplificado de atividade da doença (SDAI), no Clinical Disease Activity Index (CDAI) e na remissão boleana. O DAS28 representa os critérios de avaliação de remissão clínica mais frequentemente utilizados na prática clínica e nos ensaios clínicos. Alcançar a remissão significa atingir determinados índices usando estes critérios de avaliação.

 

Fonte: 
LPM Comunicação
Nota: 
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