Webinar

Medidas de prevenção do AVC para a população e doentes de risco no contexto da pandemia COVID-19

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de amanhã, um Webinar aberto ao público geral, no qual o painel de oradores procurará transmitir mensagens-chave para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC) em tempos de pandemia, assim como para o controlo de fatores de risco cerebrais, como sejam a demência e a aterosclerose, nos casos de doença instalada.

A prevenção do AVC junto da população e o correto controlo dos fatores de risco cerebral nos doentes com patologias associadas são duas preocupações assumidas desde sempre pela Sociedade Portuguesa do AVC, procurando reduzir as taxas de mortalidade e incapacidade causadas pelo AVC no nosso país. “Prevenir o AVC no atual cenário de pandemia torna-se uma tarefa ainda mais desafiante’’ salienta o moderador da sessão, Miguel Rodrigues, neurologista e membro da Direção da SPAVC. “O surto provocado pelo SARS-CoV-2 obrigou a profundas alterações e adaptações, não apenas no ecossistema da saúde, como na própria rotina diária das pessoas”, influenciando comportamentos e, consequentemente, a manutenção de estilos de vida saudáveis, salienta.

Neste contexto, e tendo por base a missão de informar e esclarecer a população sobre a patologia vascular cerebral, a SPAVC organiza mais um webinar focado na temática da prevenção do AVC, sendo esta ‘’uma batalha que é preciso vencer’’, caracteriza o presidente da Direção da SPAVC, Castro Lopes.

Além da abertura formal do encontro, o neurologista será o primeiro interveniente da sessão virtual, abordando a dificuldade de consciencializar a população sobre a doença. ‘’Verificamos uma baixa literacia em saúde no que se refere à doença vascular cerebral, bem como um deficiente despiste dos fatores de risco vascular e da sua eficaz correção através da adoção de estilos de vida saudáveis na população portuguesa”, afirma o fundador da sociedade científica.

A prevenção assume-se como uma estratégia essencial e desejável para evitar a doença, já que ‘’9 em cada 10 dos AVC são preveníveis’’, lembra José Manuel Calheiros. Por isso, ‘’porquê remediar se pode prevenir?’’ questiona, em forma de alerta, o especialista em Epidemiologia e Medicina Preventiva da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar, que abordará o tema “Prevenção do AVC na comunidade” logo após a palestra do Prof. Castro Lopes.

Depois desta abordagem dirigida à população geral, o encontro focar-se-á na doença aterosclerótica (a cargo do cardiologista Prof. Mário Espiga de Macedo) e na demência (pela voz do neurologista Vítor Tedim Cruz), com recomendações para os doentes na atual fase de desconfinamento e regresso ao “novo normal”.

“Não se deve ficar receoso da COVID-19”, avança o especialista de Cardiologia. “Se se sentir doente, vá ao seu médico. Se for cuidadoso na sua proteção e dos outros, vai ter um baixo risco da doença. Não se esqueça dos seus tratamentos habituais e contribua para a melhoria da prevenção, sendo ativo nos cuidados”, sintetiza o Prof. Mário Espiga de Macedo como mensagem a reter pelos doentes com aterosclerose.

Por outro lado, Vítor Tedim Cruz apresentará o projeto MIND (Multiple Interventions to Prevent Cognitive Decline), como resposta às necessidades acrescidas de treino cognitivo nesta fase para promover a prevenção da demência. ‘’A doença vascular cerebral, nas suas variadas formas, pode ser responsável por mais de 50% dos casos de demência diagnosticados em cada ano’’ contextualiza o especialista, explicando que “este projeto tem como objetivo reduzir a ocorrência de novos casos de demência através de intervenções não farmacológicas, de natureza multidisciplinar”.

Por fim, a Portugal AVC, através do presidente da Direção, António Conceição, deixará conselhos práticos dirigidos aos sobreviventes de AVC, lembrando que “também neste contexto de pandemia, é essencial que a reabilitação multidisciplinar e competente seja assegurada sempre”, já que “frequentemente, marca a diferença entre ter uma vida autónoma ou sobreviver com graves incapacidades, com todas as consequências que daí advém, inclusive familiares e sociais”.

Esta iniciativa, que conta com o apoio exclusivo da Daiichi Sankyo, é aberta a todo o público interessado: profissionais de saúde, sobreviventes de AVC, doentes com outras patologias associadas, cuidadores e familiares, bem como todos os que desejem aprender mais sobre o tema em foco.

A participação é livre e não carece de inscrição. Bastará aceder à sessão online através da plataforma criada para o efeito: https://spavc.livewebinar.pt

Fonte: 
Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
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