Crescimento contínuo do papel do laboratório

Mais de 70% das decisões clínicas são apoiadas em diagnóstico laboratorial

Depois de um adiamento de dois anos motivado pela pandemia, vai decorrer, nos dias 28 e 29 de outubro, o VIII Congresso da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL). O Centro de Congressos de São Rafael, em Albufeira, vai receber este evento onde estarão em debate os principais temas da atividade clínica e laboratorial.

“Neste momento, mais de 70% das decisões clínicas são apoiadas em diagnóstico laboratorial o que se deve a um desenvolvimento científico e organização dos laboratórios no sentido de dar uma resposta eficaz (exata e atempada)”, destaca Manuel Carvalho, presidente da comissão científica do congresso. É, por isso, importante promover a análise e discussão deste papel entre todos os profissionais da área da Medicina Laboratorial.

O patologista clínico destaca ainda, neste papel fundamental que o laboratório desempenha, o reforço e esforço que houve nos últimos dois anos. “Se não existissem testes laboratoriais como teria corrido a pandemia? Conseguimos identificar, isolar e acompanhar a doença a par e passo. Já trabalho há muitos anos nesta atividade e tenho verificado que o laboratório passou de um papel de documentação de uma doença para a sua identificação, algo que é completamente diferente na perspetiva da sua importância no diagnóstico e acompanhamento das doenças”.

Apesar de ter sido delineado antes da pandemia, uma vez que este congresso se ia realizar-se em 2020, o programa foi adaptado para incluir também o debate sobre a COVID-19. Embora este não seja o tema central, não podem ser ignoradas as mudanças que a pandemia exigiu à Medicina Laboratorial – “no laboratório tivemos de adaptar procedimentos e métodos às necessidades de uma resposta à população e também nos conseguimos organizar do ponto de vista de saúde pública. Estamos na altura de olhar e analisar este caminho”, refere Manuel Carvalho.

Com um programa bastante abrangente, o presidente da comissão científica do congresso destaca ainda o facto de “este ano, pela primeira vez no congresso da ANL, vamos ter também apresentações livres no sentido de ter ali uma montra da nossa atividade científica - no setor assistencial público e privado, e nos institutos de investigação - que permita mostrar e debater com os pares o que está a ser feito, o conhecimento e as experiências que estão a ser adquiridos e ganhar informação importante para o desenvolvimento da sua investigação”. 

Consulte AQUI o programa do VIII Congresso da ANL. 

Fonte: 
RX Consulting
Nota: 
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