Medida integrada no Plano de Saúde Outono Inverno 2020/21

Lisboa e Porto vão ter Hospitais de retaguarda para acolher doentes em internamento social

O Ministério da Saúde vai criar hospitais de retaguarda, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, para acolher doentes com alta que se mantêm internados razões sociais.

Esta medida, divulgada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, faz parte do Plano de Saúde Outono Inverno 2020/21, ontem divulgado, que tem como objetivo “preservar vidas humanas, proteger os mais vulneráveis, particularmente a população idosa a viver em Estruturas Residenciais para Idosos, e preparar a resposta ao crescimento epidémico da Covid-19”.

Com o objetivo de “maximizar a resposta e a capacidade hospitalar” para a atividade não-covid-19 será reforçado o papel das equipas de gestão de altas em articulação com o setor social para evitar o prolongamento do internamento por motivos sociais.

De acordo com a fonte oficial, o Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-21 prevê também a reorganização da atividade assistencial no serviço de urgência, em articulação com os cuidados de saúde primários, de forma a evitar a sua utilização em “situações de triagem clínica de baixa gravidade”, o que deve ser concretizado através do encaminhamento destes doentes para os centros de saúde.

Promove ainda o incentivo à cirurgia eletiva e de ambulatório, com avaliação pré-operatória em modelos de ‘drive-through’ e a definição de unidades ou serviços hospitalares “covid-19 free”, para manter a resposta “não-covid-19”.

Quanto à atividade assistencial “não-covid-19”, esta vai acompanhada de mecanismos que garantam “a humanização dos cuidados de saúde”, com a presença de um acompanhante e “da retoma segura das visitas às pessoas internadas”.

Os hospitais continuam a promover “o incremento da oferta da hospitalização domiciliária” para proteger os doentes e as famílias do “contacto hospitalar desnecessário” e os profissionais de saúde, e aumentar a capacidade de resposta para a covid-19, através da gestão eficiente da ocupação das camas.

A área da saúde mental também vai continuar a ser uma aposta nos próximos meses, esperando-se um  reforço do apoio e acompanhamento psicológico das pessoas que sofrem de problemas.
 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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