Edição de 2022

Já são conhecidos os projetos vencedores das Bolsas de Cidadania Roche

Foram ontem anunciados os projetos vencedores da edição de 2022 das Bolsas de Cidadania Roche, uma iniciativa que pretende fomentar a participação dos cidadãos nos processos de decisão em saúde, a informação dos doentes sobre os seus direitos, assim como a sua participação nas decisões individuais de tratamento.

Entre as 42 candidaturas, um júri independente selecionou os seis projetos vencedores, a quem vão se entregues bolsas entre os 20 e os 5 mil euros.

O Projeto “Âmago – Rede Intergeracional de Inovação para a Saúde” da Associação Vocábulos e Narrativas, vai receber 20 mil euros para promover uma cultura de estratégias municipais para a saúde, com desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico que permitam aos municípios definir com exatidão o seu Perfil Municipal de Saúde.

Numa segunda fase, este projeto ambiciona criar uma rede intergeracional de trabalho colaborativo entre jovens em idade escolar e idosos. O intuito é desenvolver soluções inovadoras na gestão de doenças de maior incidência ao nível municipal.

No âmbito de projetos em Évora, Matosinhos, Porto ou Esposende, os promotores do Âmago concluíram que há uma grande necessidade de obter respostas que envolvam adolescentes e idosos, potenciando a sua interação e espírito crítico para os dois grupos etários. 

A bolsa no valor de 15 mil euros vai ser entregue ao Abrigo Centro de Solidariedade Social de São João de Ver pelo seu projeto “Comida e Dignidade”. Este projeto pretende proporcionar às pessoas com dependência uma alimentação assistida digna, desde a confeção, passando pelo empratamento e tornando o momento da refeição prazeroso.

O objetivo é melhorar o estado nutricional das pessoas que necessitam de alimentação assistida, servindo refeições dignas, que promovam boas experiências sensoriais e incrementem a autoestima das pessoas que são assistidas na alimentação. Além disso, passa também por oferecer um plano alimentar adequado às necessidades nutricionais e de consistências de quem precisa de assistência na alimentação.

“Comida e Dignidade” visa formar cuidadores informais, famílias e cuidadores profissionais para práticas de alimentação assistida baseadas na humanidade e na dignidade.

Quando uma pessoa que depende de cuidados recusa a alimentação, acontece um de dois cenários possíveis - o cuidador aceita a recusa ou o cuidador ignora a recusa. As duas opções são negativas para todos os envolvidos. Insistir na alimentação facilmente ultrapassa a linha dos cuidados em força, enquanto a recusa pode ultrapassar a linha da negligência. Este projeto pretende precisamente responder a esta inquietação.

O Projeto “Cuidar, Apoiar e Domiciliar” da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla vai receber da Roche uma bolsa de 10 mil euros.

O objetivo central deste projeto da SPEM é responder às necessidades dos cuidadores e de pessoas com esclerose múltipla, dando respostas sociais e de saúde humanizadas, centradas na qualidade de vida.

O projeto passa por desenvolver competências nos cuidadores que estejam ligadas ao auxílio na realização das atividades de vida diárias das pessoas com esclerose múltipla; para que os cuidadores adquiram competências na forma de cuidar, conhecendo bem a doença, as suas limitações, a progressão e sintomas.

Outra vertente é promover o bem-estar físico e psicológico das pessoas com esclerose múltipla e cuidadores, através de estratégias de autocuidados, gestão emocional e do stress, bem como gestão do tempo.

As três bolsas no valor de 5 mil euros vão ser atribuídas ao Projeto Anémona, da Associação Anémona, que tem como objetivo a defesa e promoção dos direitos de pessoas transgénero e não binárias nos cuidados de saúde é o centro deste projeto; ao projeto “Juntos Somos Menos Raros”, da Associação de Síndromes Excecionalmente Raras de Portugal, que facultar informação credível, atualizada e em português sobre doenças raras; e ao projeto “Bússola”da Casa do Povo de Fermentões que pretende responder às situações de vulnerabilidade social, emocional e económica de pessoas LGBTI+, famílias e vítimas de violência de género, conferindo a estas pessoas acesso à satisfação das necessidades básicas e de serviços, como alojamento, medicação, consultas médicas e acompanhamento psicossocial especializado.

O anúncio público dos vencedores foi feito ontem dia 1 de junho, nas instalações da Roche.

Os membros do júri na edição deste ano foram: Graça de Freitas (Diretora-Geral da Saúde), Maria de Belém Roseira (antiga Ministra da Saúde), José Manuel Pereira de Almeida (Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde), Maria do Céu Machado (médica e ex-presidente do Infarmed), Isabel Aldir (assessora da Presidência da República), Mário Pereira Pinto (Professor Universitário e investigador), Paula Rebelo (jornalista), e Ricardo Encarnação (diretor médico da Roche).

Esta ação enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da Roche e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Roche