Já foram detetadas 600 mutações do novo coronavírus

António Lacerda Sales revelou que, no âmbito deste estudo, o INSA já analisou cerca de 800 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em 116 concelhos, tendo detetado 600 mutações.
O Presidente do INSA, Fernando Almeida, explicou que cerca de 90% destas mutações são iguais àquelas que circulam na Europa.
“Este número não tem nada de significativo, em termos de investigação é que o tem, [porque] permite-nos perceber até que ponto há algo variabilidade e é isso que estamos a fazer”, sublinhou.
Fernando Almeida explicou ainda que cada novo vírus pode sofrer, em média, entre uma a duas mutações por semana e aquelas agora detetadas pertencem ao mesmo grupo genético e partilham a mesma mutação específica da proteína «Spike», aquela que permite que o vírus infete o ser humano.
O INSA está também a conduzir o Inquérito Serológico Nacional Covid-19, atualmente, numa primeira fase de recolha de amostras. Esta fase arrancou em 25 de maio e, segundo o Presidente do INSA, estima-se que esteja concluída até ao final da próxima semana. Os primeiros resultados preliminares vão ser conhecidos em julho.
De acordo com Fernando Almeida, este primeiro estudo vai repetir-se cinco meses depois de concluído. “Depois, de três em três meses, vamos fazer o seguimento para determinar a prevalência de imunização”, explicou.