Congresso

Inteligência artificial vai permitir desenvolver uma Medicina feita à medida do doente

O 25º Congresso Nacional de Medicina Interna acolheu na passada 6ª feira uma conferência sobre os progressos da inteligência artificial e o seu impacto na Medicina. Ministrada pelo físico Armando Vieira, esta iniciativa reuniu vários especialistas com o objetivo de promover o debate sobre as principais vantagens e desafios desta área.

“A importância da inteligência artificial na Medicina é enorme e crescente. Hoje em dia, a quantidade de informação necessária para uma boa decisão médica é muito elevada, sobretudo em situações raras. Contudo, já existem algoritmos capazes de ler texto e de interpretar grandes quantidades de publicações científicas, assim como de gerar possibilidades de diagnóstico e de tratamento”, afirma Armando Vieira.

E acrescenta: “Isto vai permitir desenvolver uma Medicina em que os tratamentos sejam feitos à medida de cada doente, em função do seu historial, da sua genética e de todas as componentes que o tornam único”.

Durante a sua intervenção, o conferencista abordou a história da inteligência artificial e os seus progressos nos últimos 10 anos, dando particular destaque ao processamento de imagem, área em que a evolução tem sido mais notável. Segundo o orador, a descoberta de novos medicamentos é outra das mais-valias da inteligência artificial na Medicina, com grande potencial de transformação.

“A tecnologia vai permitir, também, automatizar certas tarefas dos profissionais de saúde e aliviar a carga burocrática de outras, como é o caso dos registos médicos eletrónicos, o que pode vir a trazer grandes benefícios para o sistema de saúde público”, indicou.

No segundo dia de congresso, decorreram ainda sessões sobre a diabetes tipo 2, as fragilidades na terceira idade, o fígado gordo, o cancro raro, entre outros. No final do dia realizaram-se também as reuniões dos 20 núcleos de estudos da SPMI.

 

Fonte: 
Miligrama
Nota: 
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Foto: 
Pixabay