INSA vai avaliar o impacto da Covid-19 na saúde mental e bem-estar da população
Os dados obtidos vão permitir definir recomendações que contribuam para a melhoria de respostas dos serviços de saúde aos problemas de saúde mental das populações.
Coordenado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do INSA, o projeto «Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM-COVID19)» pretende avaliar aspetos considerados relevantes em saúde mental, como bem-estar geral, auto-percepção do estado de saúde, stress, ansiedade, depressão, stress pós-traumático, consumos e adições, resiliência, presentismo, burnout e acesso aos serviços.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a recolha de dados do projeto vai ocorrer em três momentos distintos, entre maio e julho, através do preenchimento de um questionário online, disponível no site do projeto.
Composto por 52 itens, o questionário não demora mais de 20 minutos a preencher, e é “garantida a confidencialidade e a anonimização de todas as respostas”, assegura o INSA. Ao longo do trabalho, vão ser disponibilizados dados e análises preliminares no site do projeto.
Desenvolvido em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, este estudo vai também identificar fatores de proteção e/ou fragilização da saúde mental e bem-estar, através de questões sobre a situação individual face à pandemia, conciliação trabalho-família, situação face ao trabalho e rendimento, desempenho profissional e segurança laboral, atividades de lazer e estilos de vida e expectativas face ao futuro.
A pandemia de Covid-19 tem impacto na saúde mental e bem-estar, podendo conduzir a ansiedade e depressão ou eventualmente ao suicídio, assim como ao aumento de vulnerabilidade social. De entre os fatores que conduzem à fragilização da saúde mental incluem-se medo, isolamento, frustração, falta de bens essenciais, informação desadequada, perda de rendimentos ou do emprego e estigma, destaca o INSA.