Pela primeira vez em Portugal

Hospital Pedro Hispano realiza primeira cirurgia sleeve para tratamento da obesidade

O Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, realizou as primeiras cirurgias sleeve para tratamento de obesidade em regime Ambulatório. Uma inovação na abordagem cirúrgica da patologia que permite que o paciente regresse a casa no próprio dia. A unidade hospitalar espera conseguir aumentar o número de doentes operados com este tratamento inovador.

O procedimento foi o primeiro do género a ser realizado em Portugal, pelas mãos de Gil Faria, cirurgião responsável pela Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM).

Segundo nota da unidade hospitalar, “este avanço na resposta cirúrgica ao tratamento da obesidade”, espera-se que seja possível “quase duplicar o número de doentes intervencionados, prevendo-se que seja possível atingir cerca de 100 doentes/ano, diminuindo, dessa forma, a lista de espera”.

Até agora, este tipo de intervenção obrigava ao internamento hospitalar pós-operatório, o que implica disponibilidade de camas em enfermaria, situação que se agravou no contexto da pandemia pela Covid-19.

“Esta inovação no tratamento da obesidade permitirá que mesmo durante o período pandémico as cirurgias continuem a decorrer com segurança para os doentes, uma vez que não será necessário o internamento. Por outro lado, aumenta a eficiência do hospital, reduzindo os custos e aumentando a capacidade de resposta, ou seja, com mais doentes tratados e com maior rapidez”, escreve o hospital.

De acordo com o Hospital Pedro Hispano, “a evolução constante e a segurança crescente deste tipo de cirurgia permitem que, atualmente, se possa realizar em regime de Ambulatório, nos doentes considerados elegíveis. A redução das complicações pós-operatórias, a ausência de drenos e a evolução no equipamento técnico permitem que o doente possa ter alta no mesmo dia, com toda a segurança”.

A prevalência da obesidade na população adulta em Portugal, de acordo com os dados da OCDE, é de 28,7%, o que coloca Portugal como o terceiro país europeu a registar os valores mais elevados da doença. Além disso, o confinamento social contribuiu para que 26,4% dos portugueses tenham aumentado de peso e que as listas de espera para o tratamento da obesidade tenham também aumentado.

“É neste contexto que o tratamento da obesidade se torna prioritário, nomeadamente o tratamento cirúrgico, considerado o mais eficaz na abordagem dos casos graves de obesidade”, justifica. Nesta abordagem, os doentes são submetidos a uma gastrectomia vertical laparoscópica (também chamada “sleeve gástrico”), que consiste na remoção de uma parte do estômago. “Dessa forma reduz-se a sua capacidade de armazenamento de comida, regulando o apetite e a saciedade, induzindo perdas de peso que podem atingir cerca de 40% do peso corporal”, esclarece em comunicado.

 

Fonte: 
Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM