Hospital de Guimarães implanta, pela primeira vez, o pacemaker mais pequeno do mundo

Segundo a informação veiculada, até agora, apenas o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital Santa Cruz) e o Centro Hospitalar Universitário São João tinham realizado este tipo de intervenções.
O dispositivo tem o tamanho de uma cápsula e é implantado de forma minimamente invasiva, substituindo os pacemakers tradicionais, estando indicado para o tratamento de doentes com bloqueio aurículo-ventricular de alto-grau, uma condição na qual os sinais elétricos entre as câmaras do coração (as aurículas e os ventrículos) ficam bloqueados. Desta situação podem resultar, entre outros, síncope ou morte súbita.
Atualmente os doentes com bloqueio AV são tratados com um pacemaker, implantado na parte superior do peito, subcutaneamente, a que são ligados pequenos fios elétricos (elétrodos) que são colocados através das veias dentro do coração, permitindo, assim, que a ligação elétrica entre as aurículas e os ventrículos seja restabelecida.
Este novo pacemaker, o mais pequeno do mundo, não necessita dos elétrodos, sendo colocado diretamente dentro do ventrículo direito, através de um pequeno acesso pela veia femoral direita. Não há, assim, a tradicional cicatriz cirúrgica, sendo ainda reduzido de um modo muito significativo os riscos associados à técnica tradicional.
Em comunicado, o Hospital da Senhora da Oliveira refere que o Serviço de Cardiologia não tem lista de espera para a implantação de dispositivos cardíacos para o tratamento de arritmias, tendo mesmo aumentado a sua atividade durante o ano de 2020.
O primeiro procedimento no Hospital da Senhora da Oliveira ocorreu no passado dia 17 de março e o doente já teve alta.