Melhorar taxas de sobrevivência

Fundação Rui Osório Castro quer mais investigação em oncologia pediátrica

A completar 10 anos de existência e com uma nova imagem, a FROC reforça necessidade de mais investigação em oncologia pediátrica e participação das crianças portuguesas em ensaios clínicos.

Foi há uma década que a Fundação Rui Osório de Castro (FROC) se apresentou à sociedade portuguesa com uma missão: apoiar e proteger as crianças com cancro e os seus familiares, concentrando a sua atividade em duas grandes áreas - informar e promover a investigação. Dez anos depois, a FROC mantém a aposta, apresentando agora uma nova imagem. Cristina Potier, diretora-geral da fundação, acredita que “chegar a uma taxa de sobrevivência de 100% não é uma utopia. A evolução da medicina e da ciência, já nos trouxeram em poucas décadas os 80% de sobrevivência”.

Ainda assim, mesmo com este registo de 80% de sobrevivência, o cancro continua a ser a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes. E o facto de representar apenas 1% de todos os cancros faz com que, segundo Cristina Potier, não seja “uma prioridade, o que justifica que não se veja uma estratégia e por sua vez investigação nesta área”. Para melhorar estes resultados é preciso apostar na investigação e dar oportunidade a que mais crianças participem em ensaios clínicos. E a Fundação quer contribuir para estes resultados.

Outra inquietação da FROC é que a realidade não é verdadeiramente conhecida, já que a última informação estatística nacional se refere a 2005. “Desta forma, como podemos ter a pretensão de melhorar uma realidade que de facto não conhecemos? É urgente que o registo nacional em oncologia pediátrica seja feito”, apela Cristina Potier.

No que diz respeito à área da informação, a Fundação promete continuar a trabalhar: a criar conteúdos para o Portal PIPOP, um meio online de referência com notícias e informações na área da oncologia pediátrica, a editar publicações, a organizar o Seminário de Oncologia Pediátrica, um evento de referência para familiares, sobreviventes e profissionais de saúde, que continuará a percorrer o País anualmente, e que já vai para a sua 5ª edição, e a realizar workshops com uma duração máxima de meio dia direcionados para as famílias, doentes e sobreviventes, promovendo assim uma maior proximidade e adequação da informação.

 

 

 

Fonte: 
Guesswhat
Nota: 
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