Estudo

Foram identificados novos genes de cancro familiar

Investigadores do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa Francisco Gentil identificaram novas alterações genéticas em alguns tipos de cancro familiar.

Estes dados, que poderão vir a ter implicações na prevenção, diagnóstico genético, vigilância e tratamento do cancro hereditário, resultam do trabalho desenvolvido pelo projeto «Risco de Cancro Familiar e Individual – Identificação de Novos Genes» entre 2013 e 2019.

Os resultados deste projeto serão apresentados dia 6 de março, a partir das 9 horas, no anfiteatro do IPO, numa conferência destinada a investigadores, médicos e outros profissionais ligados à área da oncologia.

“A identificação de novas alterações genéticas envolvidas na predisposição para o cancro em famílias com elevada prevalência de tumores e a caracterização das alterações moleculares dos tumores têm uma crescente utilidade na clínica”, diz Branca Limón Cavaco, coordenadora da Unidade de Investigação e Patobiologia Molecular (UIPM) IPO Lisboa.

“Neste estudo de suscetibilidade familiar e individual procuramos identificar novos genes e mutações responsáveis por formas de cancro com evidente agregação familiar, mas sem alteração genética subjacente reconhecida. No grupo de tumores estudados – cólon e reto, tiróide, próstata, ovário, melanoma e tumores hematológicos – caracterizámos aspetos clínicos, moleculares e celulares subjacentes à doença oncológica que representam um avanço no conhecimento da patobiologia e que poderão vir a ter impacto no diagnóstico genético e nos protocolos de vigilância clínica e de prevenção do cancro nas famílias, mas também na decisão terapêutica”, acrescenta a investigadora e líder do projeto.

A UIPM tem uma equipa de cerca de 30 investigadores (biólogos, bioquímicos, médicos e outros técnicos de saúde) que se dedicam à investigação básica e de translação em oncobiologia, diagnóstico molecular de cancro hereditário e caracterização de marcadores tumorais e que trabalham em estreita articulação com a clínica.

 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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