Apenas uma minoria inclui fruta

Estudo sobre pequeno almoço das crianças revela escolhas menos saudáveis

O estudo de Avaliação da Composição do Pequeno Almoço de Crianças dos 3 aos 10 anos em Portugal, desenvolvido pela Keypoint e promovido no âmbito dos 20 anos do programa “Nestlé por Crianças Mais Saudáveis” – implementado nas escolas portuguesas em parceria com a Direção-Geral da Educação – revela que, apesar da importância atribuída pelos pais a esta refeição, nem sempre são tomadas as opções mais saudáveis no que toca ao pequeno almoço dos seus filhos.

O estudo agora apresentado mostra que a quase totalidade (99,6%) das crianças inquiridas toma o pequeno-almoço diariamente, 95% das quais em casa e 90,5% com companhia. Em 82% dos casos, as crianças são envolvidas na escolha daquilo que vão comer, mas 53% não participa na sua preparação. É, contudo, notório o aumento da participação na escolha do pequeno-almoço e no auxílio da sua preparação com o aumento da faixa etária.

Quando chega a hora de fazer escolhas, os alimentos mais frequentemente consumidos ao pequeno almoço pelas crianças entre os 3 e os 10 anos incluídas no estudo são leite (57,2%), pão (47,2%) e cereais (31,3%). O alimento mais frequentemente consumido pelas crianças entre os 3 e os 5 anos é leite (67,1%), seguido de pão (38,1%). Já as crianças entre os 6 e os 10 anos consomem mais frequentemente pão ao pequeno-almoço (53,4%) e em seguida leite (50,6%). Em ambos os grupos etários, cereais é o terceiro alimento consumido com mais frequência (22,4% no grupo [3-5] anos e 36,3% no grupo [6-10] anos).

Verifica-se ainda que menos de um quinto das crianças (17%) consome fruta ao pequeno-almoço e o consumo de fruta é mais frequente nas crianças cujo pequeno almoço habitual é apenas leite simples (22%).

Por outro lado, as crianças avaliadas cujo pequeno almoço habitual inclui pão (leite simples e pão, ou leite com chocolate e pão), consomem maioritariamente carcaça ou semelhante (74% e 78%, respetivamente), habitualmente com manteiga.

Constata-se ainda que os hábitos de pequeno-almoço não mudam ao longo da semana, pelo que no caso da maior parte das crianças incluídas no estudo (71%), o pequeno-almoço que comem durante a semana é igual ao que comem ao fim de semana ou nas férias.

De salientar pela positiva que, no que toca à atitude dos pais/cuidadores relativamente à alimentação e à importância atribuída ao pequeno-almoço, os inquiridos atribuem importância máxima – numa escala de 1 a 6 – à primeira refeição do dia, tanto no que diz respeito à saúde (81%), como ao crescimento (79%) e à atenção/concentração da criança (74%). A importância do pequeno-almoço para a atenção/concentração da criança parece ser mais valorizada por pais/cuidadores de crianças em idade de ensino básico (grupo etário dos 6 aos 10 anos de idade).

“Através deste estudo, percebemos que os pais e cuidadores nem sempre fazem as melhores opções relativamente à composição do pequeno almoço das suas crianças, apesar de a maioria conseguir reconhecer a importância desta refeição para a saúde, crescimento e nível de atenção dos mais pequenos”, explica Ana Leonor Perdigão, nutricionista e responsável pelo programa.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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