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Estudo pioneiro sobre comportamentos de cibersegurança dos jovens portugueses

Estudar comportamentos ciberseguros dos jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos, é o objetivo do projeto CiberYoung - Security, desenvolvido no âmbito do protocolo entre o Ispa – Instituto Universitário e o Conselho Nacional de Cibersegurança (CNCS). O estudo, coordenado por Ivone Patrão, Professora do Ispa, pretende avaliar os fatores psicológicos que explicam os perfis de maior ou menor segurança online e o que influencia as decisões online, na prática, perceber como é que os jovens portugueses tomam decisões online para promover a sua cibersegurança.

Os dados estão a ser recolhidos junto de escolas, universidades e associações desportivas, com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude e da Direção-Geral da Educação, através de um inquérito online, assegurando o anonimato e confidencialidade dos participantes e das suas contribuições.

“Este estudo é pioneiro na avaliação das variáveis que explicam as decisões dos jovens para serem mais ou menos ciberseguros. A minha experiência profissional permite concluir que existem vários riscos online que são um desafio para o desenvolvimento saudável, com impacto na saúde mental das nossas crianças e jovens. Desde as burlas românticas, até ao cyberbullying, exposição a discursos de ódio, tudo isto online, no telemóvel, a grande maioria das vezes sem partilha e sem um pedido de ajuda. Sabemos da investigação que temos realizado que os jovens, quando algo de incómodo lhes acontece online, não falam com ninguém. Corremos o risco de, se não fizermos nada, validarmos estas vivências negativas online”, sublinha Ivone Patrão, Professora do Ispa e responsável pelo estudo. 

De acordo com os dados recolhidos pelo Observatório de Cibersegurança e apresentados no “Relatório Cibersegurança em Portugal – Riscos e Conflitos – 2024”, no último ano, destacaram-se como ameaças mais relevantes o ransomware, o phishing e smishing e outras formas de engenharia social, burlas online e o comprometimento de contas. No âmbito das principais conclusões deste relatório, Sofia Rasgado, do CNCS, desataca que “quer os utilizadores, quer as organizações têm níveis elevados de exposição aos riscos do ciberespaço, relacionada com o elevado uso de certos serviços digitais, além de que algumas ciberameaças ligadas à exploração do fator humano têm índices crescentes de presença em artigos de media e, principalmente, nas pesquisas online. É neste contexto que este relatório sugere fazer acompanhar a literacia digital nas escolas e noutros contextos educativos por uma literacia para a Cibersegurança, aumentando o alcance das ações de sensibilização”.

Os dados do projeto CyberYoung Security serão recolhidos até maio deste ano e os resultados do estudo serão posteriormente divulgados através de comunicações em congressos, palestras e/ou artigos científicos.

Fonte: 
GMT Consulting
Nota: 
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